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sábado, 30 de julho de 2011

Relacionamentos Interpessoais III


Comunicação Interpessoal:
O processo que torna possível o relacionamento profissional de saúde-cliente é a comunicação, que “É um processo de compreender, compartilhar mensagens enviadas e recebidas” (Stefanelli), é por meio da comunicação vivenciada pelo profissional de saúde e usuário, que o profissional de saúde pode definir metas, objetivos a serem atingidos, para ajudá-lo a sentir-se como ser humano digno e pessoa capaz de encontrar soluções para seus problemas.
Temos que ter cuidado ao estabelecer uma comunicação com nossos pacientes, só estabelecer quando tivermos certo do que queremos dizer, para não ser mal interpretado, pois, a incapacidade de comunicação conduz a sérios problemas tanto o profissional quanto para o cliente, e pode ameaçar sua credibilidade profissional. Além disso, através da comunicação o profissional de saúde cria condições de efetuar mudanças.
O processo de comunicação não é apenas um conjunto de informações que o profissional de saúde memoriza e põe em prática, ao contrario, é um processo complexo que exige emprego inteligente de princípios.
No processo de comunicação existem alguns elementos que são:
- Emissor que é fonte da emissão da mensagem;
- O Receptor ou Destinatário, que recebe a mensagem, que é aquilo que é transmitido.
As formas de comunicação são Verbais, que refere se a linguagem escrita e falada, aos sons e palavras que utilizamos para nos comunicar.
O tom de voz de quem fala pode ter impacto considerável sobre o significado de uma mensagem, uma simples frase pode expressar entusiasmo, preocupação, indiferença e mesmo aborrecimento. As emoções de uma pessoa podem influenciar diretamente seu tom de voz. O profissional de saúde deve ficar alerta sobre suas emoções, só estabelecer uma comunicação com os usuários e seus familiares após estar certo do que quer dizer. Clareza e Brevidade, a comunicação deve ser simples, curta e objetiva.
As comunicações Não Verbais envolvem todas as manifestações de comportamento não expressas por palavras, utilizadas pelo emissor com o propósito de partilhar informações.
O mecanismo de comunicação é:
  • 5% são palavras,
  • 20% entonação,
  • 75%presença, (sinais, símbolos e expressões corporais).
A comunicação deve ser curta e objetiva, devemos respeitar o nível de entendimento do paciente e seus familiares, respeitando a cultura, nível de escolaridade, etc...
A Aparência:
A aparência durante o contato também é muito importante, a primeira observação que se faz é da aparência do profissional.
A aparência do profissional da saúde influência a percepção do paciente quanto aos cuidados recebidos, cada paciente tem uma imagem pré-estabecida de como o profissional de saúde deverá se apresentar.
O tradicional uniforme branco pode ser um símbolo de pureza e limpeza, o uso de enfeites, como bijuterias em excesso pode expressar vulgaridade, unhas muito grandes e barba a fazer pode expressar falta de higiene. Postura e marcha, o modo em que uma pessoa fica ereta e anda é uma forma visível de auto-expressão, e o paciente esta atento a todos esses itens.
Trabalho exige bom senso na hora de se vestir:
Saltos muito altos, decotes exagerados, camisetas. São muitos os erros que profissionais podem cometer na escolha da roupa de trabalho.
As roupas transmitem mensagens, e é preciso cuidar da aparência.
Aquele corte moderno nem sempre é o mais adequado ou confortável para as funções exercidas no dia-a-dia. O mesmo vale para sandálias, sapatos de salto alto ruidosos, e adereços chamativos que dispersam a atenção dos colegas.
"O profissional deve levar em conta que não se veste para si, e sim para seu paciente e seus parceiros de trabalho".
Quem se veste adequadamente demonstra saber a importância que o serviço de saúde dá para a imagem que ele passa. Estar bem-vestido denota que o profissional pode representar bem a empresa, além de demonstrar o valor que dá a si mesmo. Quanto mais o profissional repete um padrão de se vestir, torna-se mais consistente e ganha credibilidade.
* Para não errar em qualquer situação, evite:
- Barriga de fora
- Sapatos de saltos altíssimos
- Chinelos
- Unhas muito compridas
- Excesso de bijuterias ou jóias.
- Calças folgadas
- Roupas desportivas
- Decotes e roupas curtas
- Perfumes fortes
- Roupas transparentes
A imagem que uma pessoa constrói ao longo da sua vida profissional está diretamente relacionada com seu comportamento no ambiente de trabalho.

sábado, 23 de julho de 2011

Relacionamentos Interpessoais II


Saber o que as pessoas precisam e querem , ouvi-las, demonstrar respeito, não interromper as pessoas, evitar o pré-julgamento, é fundamental para compreendê-las.
O Caráter:
- É permanente;
- Concentra-se nas responsabilidades;
- Valoriza as pessoas;
- Cultiva um legado para o futuro;
- Gera respeito e integridade;
- Mantém você lá.
 Perguntas para ajudá-lo a medir sua integridade:
1. Trato bem as pessoas, mesmo se não tenho nada a ganhar com isso?
2. Sou transparente?
3. Represento um papel, dependendo da pessoa que está comigo?
4. Sou a mesma pessoa, tanto sob os aplausos como quando estou sozinho?
5. Admito rapidamente eu errei sem ser pressionado a isso?
6. Coloco as pessoas acima da burocracia de meu trabalho?
7. Sou a mesma pessoa sempre, ou mudo dependendo das circunstâncias?
8. Quando tenho algo a dizer às pessoas, converso com elas ou falo delas sem a sua presença?
9. Comprometo-me com a honestidade, a confiabilidade e a confidencialidade? Ou comento com meus colegas sobre resultados sigilosos de exames, referindo sobre sua possível patologia?
10. Chego atrasado, na esperança que o colega dê início ao meu trabalho, ou seja, o sobrecarregando?
11. Ataco o problema e não a pessoa? Procuro resolver os problemas e não apontar responsáveis?
12. Tomo a iniciativa de servir?
A interação entre dois seres é sempre delicada, porém a abordagem pode ser o ponto determinante do tipo de relação que será estabelecida.
A sociedade atual cobra muito do indivíduo, as pessoas se sentem na obrigação de parecer melhor que todos e isso acaba se estendendo ao seu próprio lar, de modo que muitas vezes a relação é prejudicada por dois indivíduos tentando superar-se constantemente. É proveitoso que haja o crescimento profissional e emocional dentro do relacionamento, o amadurecimento e estímulo mútuo é imprescindível, porém isso se torna prejudicial no momento em que o sucesso do outro começa a provocar inveja e não mais satisfação.
Questões como quem ganha mais, quem possui melhor cargo, quem é mais sociável, não são relevantes para pessoas que realmente almejam o sucesso do relacionamento. Uma relação envolve duas pessoas que apenas unidas com colaboração poderão alcançar objetivos comuns.
Comunicação inter e intrapessoal:
A capacidade de se comunicar de forma adequada, além de pré-condição para o sucesso da comunicação, traz a necessidade de conhecer a si próprio e o outro.
A comunicação não-verbal envolve postura, gestos, expressão facial, inflexão de voz, seqüência, ritmo e cadência das próprias palavras, e qualquer outra manifestação não-verbal de que o organismo seja capaz As vocalizações, os movimentos intencionais, e os sinais de humor dos animais são comunicações analógicas pelas quais eles definem a natureza de suas relações. Este não é apenas o caso entre animais e entre homem e animal, mas em muitas outras contingências da vida humana, por exemplo, no namoro, amor, socorro, combate".
Dotada de conteúdo e estabelecendo relações, a comunicação se efetiva na interação ou seja, no relacionamento com o outro, que agem no conteúdo da mensagem e na relação que ela estabelece, respectivamente.
O indivíduo que inicia o processo se comunica a partir da visão que tem de si próprio, de como ele se vê, a partir de sua experiência e visão de mundo. O outro indivíduo se relaciona com o primeiro de acordo com a visão que tem dele, de como ele o percebe
Conhecendo a si próprio é que o homem se comunica com mais eficiência. O indivíduo se comporta de acordo com a conclusão que extraiu de sua experiência com o outro. A intimidade e o relacionamento dependem da outra parte desejar o mesmo.
A emoção está relacionada à sobrevivência. As emoções primárias (alegria, tristeza, raiva, medo, surpresa e repulsa) são breves, intensas, incontroláveis e solitárias. São praticamente instintivas. Já as emoções secundárias (amor, culpa, vergonha, orgulho, inveja, ciúme) dependem do outro para serem sentidas.
"Quanto mais o usuário gostar do sistema de saúde, mais provavelmente falará bem dele, quando pedirem sua opinião – ou mesmo sem que a peçam”.
As pessoas confiam muito mais na opinião de amigos e conhecidos do que em anúncios que lêem ou em um porta-voz que elogie o produto.
Se colocar no lugar do paciente/usuário é a maneira mais eficaz de se relacionar com ele. O usuário constitui rica fonte de informação e deve ser tratado como pessoa.
A empatia é muito importante no processo de relação interpessoal profissional de saúde-paciente;
Empatia: “É a capacidade de compreender e aceitação que o profissional precisa ter dos sentimentos do pacientes, e sua habilidade de entender o mundo particular do mesmo, como se fosse o seu próprio mundo”. Empatia é uma visão justa, sensível, e objetiva das experiências de outra pessoa.
Preconceito: Pode ser racial, religioso, não importa quais esses itens de valores podem interferir no desenvolvimento da prestação de serviço do profissional de saúde, que antes de ser um profissional é um ser humano, mas, que foi decidido por ele ser profissional na saúde e que deve ter auto conhecimento, pois, o déficit de auto conhecimento vai impedi-lo de sair de si mesmo para ir ao encontro do outro.

sábado, 16 de julho de 2011

Relacionamentos interpessoais I


Em se tratando de relacionamentos, tudo começa com respeito, com desejo de valorizar as pessoas.Quando você respeita as pessoas e dedica tempo suficiente a elas para gerarem experiências compartilhadas, poderá desenvolver confiança.
Seja amistoso, afetivo ou profissional, qualquer relacionamento envolve expectativas, responsabilidades, decepções, vantagens, enfim, apenas o fato de envolver ao menos duas pessoas já faz desse envolvimento algo excepcional. Ter de conviver e eventualmente depender de outro indivíduo pode não ser confortável para muitos, não é raro encontrar pessoas que escolhem a solidão por ter outras prioridades.
Isso, porém, apenas acontece em relações onde não há coerência, onde há desigualdade em benefícios e malefícios. Há uma palavra que determina o sucesso de qualquer relacionamento, um elemento sem o qual duas pessoas jamais poderiam conviver adequadamente: cooperação.
Em uma relação cooperativa, ambos os lados saem satisfeitos. É o formato ideal e almejado por todos, porém exige pessoas empáticas e maduras o suficiente para entender que nem sempre será feita apenas sua própria vontade, que há de haver a busca pelo consenso. Uma relação exige cuidados e muitas vezes eles incluem a abdicação voluntária do Eu para a melhor manutenção do Nós, que poderá ser o melhor a longo prazo. O benefício principal dessa abordagem é que, uma vez visualizados seus efeitos, os indivíduos a percebem como melhor opção e se sentem confiantes para continuar empregando- a, de modo a prolongar os benefícios.
Essa fórmula serve para todo o tipo de relacionamento, pois se no relacionamento comercial há a troca de bens, nos amorosos e amistosos há a troca de afeto, que também precisa ser bem direcionada. Caso contrário, a relação não será positiva para ambos, de modo que irá de fato se tornar uma relação unilateral, porém onde o lado egoísta/possessivo se beneficiará do passivo/submisso.
COMPETIR OU COOPERAR?
“A palavra menos importante: EU
A palavra mais importante: Nós
As duas palavras mais importantes: Muito Obrigado
As três palavras mais importantes: Tudo é Perdoável
As quatro palavras mais importantes: Qual é sua opinião?
As cinco palavras mais importantes: Você fez um ótimo trabalho
As seis palavras mais importantes: Desejo compreendê-lo com mais exatidão”

sábado, 9 de julho de 2011

Crises no Casamento


Quem nunca ouviu falar na crise dos sete anos? Teoricamente o casal que chega aos sete anos de casados entra em um estado de desgaste conjugal que, se não revertido, resulta em separação.
Existem dados que apóiam a idéia de que os primeiros anos do casamento são os mais críticos para a sua preservação.
Segundo estatísticas do registro civil do IBGE com base nas estimativas de cartórios em todo o país, do total de casais separados em 2005, 9,2% tinham até dois anos de casamento contra 5,2% em 1995. Além disso, em 2005 15,4% dos casais separados tinham até três anos de casamento contra 12,7% em 1995.
O mais alarmante é que a taxa de separação no mesmo período manteve-se estável, com exceção dos primeiros anos de união.
Um dos primeiros fenômenos do início do casamento é o estranhamento. Terminada a lua-de-mel, o casal vai para onde deverá se tornar seu “habitat natural”: sua casa. Mas que casa é esta? Um novo lugar para viver e conviver. Mas o problema imediato a resolver é a construção deste lugar.
A estrutura física da casa está construída, mas não ainda a estrutura existencial e afetiva. As referências da família de origem de ambos os cônjuges deverão ceder frente à realidade de uma nova família. Valores e hábitos antigos deverão ser revistos em prol da construção de um novo espaço compartilhado. A “minha cama” torna-se “nossa cama”, a cozinha passa a receber outros temperos e o banheiro passa a não suportar certos odores… é preciso certo tempo para que um monte de objetos cercados de paredes se torne uma casa.
Portanto, não se trata de simplesmente se acostumar com uma nova arquitetura, decoração ou mobília, mas de superar o duplo desafio de construir um novo lugar para si e para o outro.
Fantasias vão sendo convidadas a sair de cena e dar lugar a representações mais adequadas sobre o outro. Pergunta-se: aonde está o “cara romântico” que eu conheci? Aonde foi a “garota divertida” de antes? Cresce a sensação de que “não foi com este homem (ou esta mulher) com quem me casei”. O desencantamento pode ser fatal.
Os cônjuges, via de regra, muito jovens e inexperientes, podem ceder à tentação de adotar uma postura infantil diante de crises ou impasses, transferindo a responsabilidade pela direção de suas vidas aos seus antigos tutores.
Pode ser a oportunidade para que pais superprotetores e controladores entrem em ação como bombeiros, apagando os eventuais incêndios de uma vida a dois, ou como juízes, julgando e decidindo o que o casal deve fazer nas mais diversas situações.
Tornando-se isto uma regra, o casal nunca resolve seus problemas e não correm os riscos inerentes às escolhas da vida.
Como se não bastasse, isto pode acontecer à revelia de um dos cônjuges, gerando conflitos internos e externos ao casal. Internos, ou seja, entre os cônjuges, na medida em que conflitam sobre a necessidade ou não de “ajuda” e externos, isto é, entre os interventores e o cônjuge resistente, e até entre os parentes de um cônjuge contra os parentes do outro, todos disputando o poder pelo destino do casal. 
Alguns homens têm grande dificuldade de aceitarem “dividir” a sua mulher com este “outro” (filho recém - nascido) e sentem-se rejeitados. Já as mulheres, cientes de que não estão correspondendo às expectativas dos maridos e sentindo-se menos atraentes devido às alterações corporais da gravidez, temem ser abandonadas.
Além desses problemas, muda a rotina e o cotidiano do casal. Antes podiam viver como nos tempos de solteiros: livres, leves e soltos…depois o programa de final de semana passa a depender de uma complicada operação para incluir essa criança. Alguns casais contam com a ajuda dos avós e tias, para apoiá-los no cuidado dos filhos, pára que possam ficar um pouco a sós.
O grande risco nesse momento é do casal não conseguir administrar esta nova realidade e se deixar levar pelo estresse. Estressados, gradativamente perdem o interesse um pelo outro e pelas atividades comuns, passando a ser um casal unido apenas pela necessidade de criar os filhos.
Outro desafio é o relacionamento com a família de origem: somente mantendo a devida distância, o novo casal poderá desenvolver- se efetivamente como uma nova família, capaz de autogestão livre e responsável, através do diálogo e da cooperação mútua. Finalmente, o desafio das crianças pequenas: se o casal renunciar ao estilo de vida de solteiro mas sem abrir mão de preservar a sua intimidade, equilibrando os papéis de marido e mulher e os papéis de pais, o crescimento da família será menos motivo de estresse e mais de felicidade.