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sábado, 26 de novembro de 2011

Transtorno de Identidade da Integridade Corporal

Algumas pessoas sentem que somente estariam completas se algo faltasse em seu corpo.Para elas, a felicidade segue um único e dramático caminha: mutilar um membro sadio.
Em quase tudo os portadores do Transtorno de Identidade da Integridade Corporal (TIIC)são normais, tem um bom relacionamento com a família, amigos, trabalho. O único problema é que não se identificam com um corpo inteiro.
Os portadores de TIIC sentem um desejo incontrolável de se livrar de um ou mais membros do corpo, em alguns casos , se transformam em paraplégicos.O transtorno não é reconhecido no DSM.
A razão mais comumente apresentada para querer uma amputação é o sentimento de que ela corrigiria uma discrepância entre a anatomia da pessoa e seu sentimento de "verdadeiro eu".
Em geral, esse sentimento de rejeição ao membro começa na infância ou início da adolescência.
E não há psicoterapia, nem medicação que mudem a vontade da auto mutilação.
Enquanto o TIIC não é reconhecido, seu tratamento é um desafio para a medicina, pois se mudanças de sexo ainda são polêmicas, imagine, a auto mutilação.

sábado, 19 de novembro de 2011

Autismo - Ilhados em seu próprio mundo

O autismo não é um transtorno,mas um grande espectro de diferentes transtornos de causas desconhecidas, que se convergem em três traços fundamentais em comum.
Primeiro, o autista não vê as pessoas como indivíduos, e sim como objetos. E sem empatia, vive num mundo particular, só seu.
Segundo,tem grave dificuldade de comunicação, e portanto, é incapaz de demonstrar o que quer ou sente.
Terceiro, é preso à rotina.Ele repete os mesmos comportamentos obsessivos por muito tempo, seja falar a mesma frase , ou organizar objetos a esmo.
Nos casos mais graves, há um retardo mental sério e a criança não aprende a falar, praticamente nada., nem a reconhecer os pais.
O termo autismo surgiu em 1912, então considerado uma "alienação" em pacientes com esquizofrenia.Em 1943 o austríaco Leo Kanner falou de autismo como um transtorno propriamente dito.
Hoje se acredita que a síndrome é causada por uma constelação de fatores diferentes, que não incluem fatores psicológicos.
Em 2010, foi identificada em autistas uma prevalência vinte por cento maior de uma anomalia rara que se duplicam ou apagam certos genes - especialmente os relacionados ao desenvolvimento da criança.

sábado, 12 de novembro de 2011

Transtorno do Pânico

O transtorno do pânico ou síndrome do pânico é uma condição mental que faz com que o indivíduo tenha ataques de pânico esporádicos, intensos e muitas vezes recorrentes. Pode ser controlado com medicação e psicoterapia. É importante ressaltar que um ataque de pânico pode não constituir doença (se isolado) ou ser secundário a outro transtorno mental.
Este distúrbio é nitidamente diferente de outros tipos de ansiedade, caracterizando-se por crises súbitas, sem fatores desencadeantes aparentes e, frequentemente, incapacitantes. Depois de ter uma crise de pânico a pessoa pode desenvolver medos irracionais (chamados fobias) destas situações e começar a evitá-las.
Os sintomas físicos de uma crise de pânico aparecem subitamente, sem nenhuma causa aparente. Os sintomas são como uma preparação do corpo para alguma "coisa terrível". A reação natural é acionar os mecanismos de fuga. Diante do perigo, o organismo trata de aumentar a irrigação de sangue no cérebro e nos membros usados para fugir — em detrimento de outras partes do corpo.
Os sintomas são desencadeados a partir da liberação de adrenalina frente a um estímulo considerado como potencialmente perigoso. A adrenalina provoca alterações fisiológicas que preparam o indivíduo para o enfrentamento desse perigo: aumento da frequência cardíaca e respiratória, a fim de melhor oxigenação muscular; e o aumento da frequência respiratória (hiperventilação) é o principal motivo do surgimento dos sintomas.
- Sistema Nervoso Central: ocorre vasoconstrição arterial que se traduz em vertigem, escurecimento da visão, sensação de desmaio.
- Sistema Nervoso Periférico: ocorre dificuldade na transmissão dos estímulos pelos nervos sensitivos, ocasionando parestesias (formigamentos) que possuem uma característica própria: são centrípetos, ou seja, da periferia para o centro do corpo. O indivíduo se queixa de formigamento que acomete as pontas dos dedos e se estende para o braço (em luva, nas mãos; em bota, nos pés), adormecimento da região que compreende o nariz e ao redor da boca (característico do quadro).
- Musculatura Esquelética: a hipocalcemia causa aumento da excitabilidade muscular crescente que se traduz inicialmente por tremores de extremidades, seguido de espasmos musculares (contrações de pequenos grupos musculares: tremores nas pálpebras, pescoço, tórax e braços) e chegando até a tetania (contração muscular persistente).
Tais eventos podem durar de alguns minutos a horas e podem variar em intensidade e sintomas específicos no decorrer da crise (como rapidez dos batimentos cardíacos, experiências psicológicas como medo incontrolável etc.). 
Quando alguém tem crises repetidas ou sente muito ansioso, com medo de ter outra crise, diz-se que tem transtorno do pânico. Indivíduos com o transtorno do pânico geralmente têm uma série de episódios de extrema ansiedade, conhecidos como ataques de pânico.
Alguns indivíduos enfrentam esses episódios regularmente, diariamente ou semanalmente. Os sintomas externos de um ataque de pânico geralmente causam experiências sociais negativas (como vergonha, estigma social,ostracismo, etc.). 
Como resultado disso, boa parte dos indivíduos que sofrem de transtorno do pânico também desenvolvem agorafobia.
O sistema de "alerta" normal do organismo (o conjunto de mecanismos físicos e mentais que permite que uma pessoa reaja a uma ameaça ) tende a ser desencadeado desnecessariamente na crise de pânico, sem haver perigo iminente. Algumas pessoas são mais suscetíveis ao problema do que outras. Constatou-se que o T.P. ocorre com maior frequência em algumas famílias, e isto pode significar que há uma participação importante de um fator hereditário (genético) na determinação de quem desenvolverá o transtorno. Entretanto, muitas pessoas que desenvolvem este transtorno não tem nenhum antecedente familiar.
O cérebro produz substâncias chamadas neurotransmissores que são responsáveis pela comunicação que ocorre entre os neurônios (células do sistema nervoso). Estas comunicações formam mensagens que irão determinar a execução de todas as atividades físicas e mentais de nosso organismo (ex: andar, pensar, memorizar, etc). Um desequilíbrio na produção destes neurotransmissores pode levar algumas partes do cérebro a transmitir informações e comandos incorretos. Isto é exatamente o que ocorre em uma crise de pânico: existe uma informação incorreta alertando e preparando o organismo para uma ameaça ou perigo que na realidade não existe. É como se tivéssemos um despertador que passa a tocar o alarme em horas totalmente inapropriadas. No caso do Transtorno do Pânico os neurotransmissores que encontram-se em desequilíbrio são: a serotonina e a noradrenalina.
O transtorno do pânico é um sério problema de saúde, mas pode ser tratado. Geralmente ele é disparado em jovens adultos, cerca de metade dos indivíduos que têm transtorno do pânico o manifestam antes dos 24 anos de idade, mas algumas pesquisas indicam que a manifestação ocorre com mais frequência dos 25 aos 30 anos. Mulheres são duas vezes mais propensas a desenvolverem o transtorno do pânico do que os homens.

O transtorno do pânico pode durar meses ou mesmo anos, dependendo de como e quando o tratamento é realizado. Se não tratado, pode piorar a ponto de afetar seriamente a vida social do indivíduo, que tenta evitar os ataques e acaba os tendo. De fato, muitas pessoas tiveram problemas com amigos e familiares ou perderem o emprego em decorrência do transtorno do pânico.
Alguns indivíduos podem manifestar os sintomas frequentemente durante meses ou anos e então passar anos sem qualquer sintoma. Em outros, os sintomas persistem indefinidamente.
Para indivíduos que procuram tratamento ativo logo no início, grande parte dos sintomas pode desaparecer em algumas poucas semanas, sem quaisquer efeitos negativos até o final do tratamento.
O transtorno do pânico é real e potencialmente incapacitante, mas pode ser controlado. Em decorrência dos sintomas perturbadores que acompanham o transtorno do pânico, este pode ser confundido com alguma outra doença. Tal confusão pode agravar o quadro do indivíduo. As pessoas frequentemente vão às salas de emergência quando estão tendo ataques de pânico e muitos exames podem ser feitos para descartar outras possibilidades, gerando ainda mais ansiedade.
O tratamento do transtorno do pânico inclui medicamentos e psicoterapia.
Os profissionais de saúde mental que tipicamente acompanham um indivíduo no tratamento do transtorno do pânico são os psiquiatras,psicólogos,assistentes sociais,terapeutas ocupacionais.. Para prescrever um tratamento medicamentoso para o transtorno do pânico, o indivíduo deve procurar um médico (geralmente um psiquiatra).
A psicoterapia é tipicamente assistida por um psiquiatra ou um psicólogo. 

Tratamentos empregados incluem:
  • Antidepressivos: tomados regularmente para constituir uma resistência à ocorrência dos sintomas. Embora tais medicamentos sejam descritos como "antidepressivos", o seu mecanismo de ação, voltado para inibição da recaptação de serotonina, é apontado para o efeito antipânico. Muitos indivíduos com o transtorno do pânico não apresentam os sintomas clássicos da depressão e podem achar que os medicamentos foram prescritos erroneamente, por isso é importante a orientação do médico ao prescrever, assim como a combinação com a psicoterapia.
  • Ansiolíticos: ministrados durante um episódio de ataque de pânico, não trazem nenhum benefício se usados regularmente (a não ser que os ataques de pânico sejam frequentes). Se não utilizados exatamente como prescritos, podem viciar. Geralmente são mais eficazes no começo do tratamento, quando as propriedades de resistência dos antidepressivos ainda não se consolidaram.

sábado, 5 de novembro de 2011

Transtorno Dissociativo de Personalidade

O transtorno dissociativo de identidade, originalmente denominado Transtorno de múltiplas personalidades, conhecido popularmente como dupla personalidade,é uma condição mental onde um único indivíduo demonstra características de duas ou mais personalidades ou identidades distintas, cada uma com sua maneira de perceber e interagir com o meio. 
O pressuposto é que ao menos duas personalidades podem rotineiramente tomar o controle do comportamento do indivíduo. O critério de diagnóstico também leva em consideração perdas de memória associadas, geralmente descritas como tempo perdido ou uma amnésia dissociativa aguda.
A condição não tem relação com a esquizofrenia, ao contrário do que acredita a maioria das pessoas. O termo "esquizofrenia" vem das raízes das palavras "mente dividida", mas refere-se mais a uma fratura no funcionamento normal do cérebro do que da personalidade. Como diagnóstico, o transtorno continua controverso, com muitos psiquiatras argumentando que não há evidências empíricas que dêem suporte ao diagnóstico. Por outro lado, alguns psiquiatras afirmam ter encontrado casos que parecem confirmar a existência da condição.
Define-se dissociação como um processo mental complexo que promove aos indivíduos um mecanismo que possibilita-os enfrentar situações traumáticas e/ou dolorosas. É caracterizada pela desintegração do ego. A integração do ego, ou o ego enquanto centro da personalidade, pode ser definido como a habilidade de um indivíduo em incorporar à sua percepção, de forma bem-sucedida, eventos ou experiência externas, e então lidar com elas consistentemente através de eventos ou situações sociais. Alguém incapaz disso pode passar por uma desregulagem emocional, bem como um potencial colapso do ego. Em outras palavras, tal estado é, em alguns casos, tão intenso a ponto de precipitar uma desintegração do ego, ou o que, em casos extremos, tem sido referenciado diagnosticamente como uma dissociação.
Porque o indivíduo que sofre uma dissociação não se desliga totalmente da realidade, ele pode aparentar ter múltiplas personalidades para lidar com diferentes situações. Quando um alter não pode lidar com uma situação particularmente estressante, a consciência do indivíduo acredita estar dando à outra personalidade a chance de eliminar a causa da situação.
A dissociação não é sociopática ou compulsiva. O estresse biológico causado pelo trauma original é aliviado pelo afastamento parcial da resposta emocional, que faz com que o complexo reptiliano aprenda a dissociar como forma de reação. Isto faz com que a recuperação do Transtorno dissociativo de identidade seja o caso de um re-treinamento do complexo reptiliano, ao invés de uma função mais social do neo-córtex. Uma vez que o agente causador é um estresse biológico ao invés de eventos externos específicos, as causas exatas de uma dissociação reativa são eventos particularmente difíceis de se descobrir.
O Transtorno dissociativo de identidade tem sido atribuído por alguns à interação de diversos fatores, dentre os quais:
  • estresse intenso;
  • capacidade dissociativa (incluindo a habilidade de não relacionar memórias, percepções ou identidades conscientemente);
  • a sucessão normal de passos no desenvolvimento normal das defesas;
  • falta de compreensão e compaixão ao enfrentar situações limites na infância;
  • falta de proteção frente a situações limites, também na infância.
Os sintomas deste transtorno, em particular, podem incluir:
  • depressão
  • ansiedade (suores,pulso acelerado,palpitações);
  • fobias;
  • ataques de pânico;
  • cefaléias ou dores em outras partes do corpo;
  • nível instável das funções, de altamente efetivas a inoperantes;
  • lapsos e distorções na percepção do tempo,amnésia dissociativa;
  • disfunção sexual;
  • transtornos alimentares;
  • estresse pós-traumático;
  • preocupações ou tentativas suicidas;
  • uso ou abuso de substâncias psicoativas