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sexta-feira, 26 de junho de 2015

Cirurgias estéticas que deram errado



A análise e a quantificação do auto-retrato que a pessoa faz de si própria são medidas objetivas baseadas em suas experiências sociais. Alguns padrões de comportamento e aparência são determinados pela sociedade, pela mídia e pela própria pessoa.
 A consciência sobre a própria aparência pode afetar fortemente a performance e a autoconfiança. A cirurgia plástica possui a capacidade de alterar a aparência do indivíduo e, deste modo, influenciá-lo positivamente quanto a sua auto-imagem e auto-estima.
A imagem corporal desenvolve-se em comparação com outras pessoas. Uma deformidade física coloca o homem na posição de diferente, com conotação de desvantagem diante dos outros, tanto do ponto de vista físico quanto psicossocial. 
 A auto-imagem é o centro da vida subjetiva do indivíduo, determinando seus pensamentos, sentimentos e comportamentos. A auto-estima pode ser definida como o sentimento, o apreço e a consideração que uma pessoa sente por si própria, ou seja, o quanto ela gosta de si, como ela se vê e o que pensa sobre ela mesma.
Cirurgias para o aumento nas pernas de Andressa Urach é um dos exemplos de cirurgias que não deram certo, foi injetado 30 injeções de hidrogel nas pernas e ele teve complicações renais e esteve perto do óbito.
Muita gente recorre às cirúrgias plásticas por necessidade, para corrigir más formações genéticas, ou reconstruir partes danificadas por doença ou acidente.
Há também quem recorra a este tipo de intervenção por motivos estéticos.
O que é cirúrgia plástica? Este termo engloba muitos campos. Quando se fala em cirurgia plástica pensa-se logo em  intervenções de cosmética ou estéticas. De fato, a cirurgia plástica inclui também as intervenções reconstrutivas, onde são tapados buracos deixados por tumores ou cancro, como é o caso das mastectomias, micro cirurgias e intervenções craniofaciais, onde se corrigem defeitos que as crianças possam ter quando nascem.
Qual a diferença entre cirúrgia «cosmética» e «reconstrutiva»?
As intervenções cosméticas são usadas geralmente para melhorar certas partes do corpo, enquanto que as cirúrgias reconstrutivas, fazem-se quando uma área do corpo foi danificada, por doença ou acidente, e aí é feita uma reconstrução dessa área do corpo.
Como é a recuperação de uma cirúrgia?
A recuperação depende do tipo de cirúrgia efetuada. De um modo geral, os primeiros dias podem revelar-se um pouco dolorosos mas normalmente a dor desaparece no espaço de uma semana. Em procedimentos pequenos, como injeções ou intervenções locais,o tempo de recuperação é de apenas algumas horas.
Mais de 1.700 pacientes fazem cirurgia plástica no Brasil a cada dia, Uma pesquisa inédita feita pelo Ibope em todo o país estima que, no ano passado, foram realizadas mais de 640 mil cirurgias plásticas no Brasil, 82%, em mulheres.
Elas preferem corrigir as imperfeições do pescoço para baixo: principalmente nas mamas. Em segundo lugar, lipoaspiração combinada com outras operações. Já os homens se preocupam mais com o rosto: pálpebras e nariz.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Como falar sobre drogas com crianças



Meninos e meninas são pessoas em pleno desenvolvimento social, físico e psicológico.
Além do consumo de álcool e outras drogas ser prejudicial para o desenvolvimento das crianças e adolescentes, outros aspectos da drogadição podem envolvê-los. Exemplo disso é o recrutamento para trabalhar no tráfico de drogas.

Dados divulgados em 2002 pelo I Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas mostram que 52,2 % dos adolescentes do sexo masculino já usaram álcool e outras drogas na vida. No caso das meninas com idade entre 12 e 17 anos a porcentagem é de 44,7%.

O Levantamento também apontou que o tabaco é a substância mais consumida pelos homens (46,2 %) e pelas mulheres (36,3%). Quanto à maconha, 10,6% dos homens e 3,4 % das mulheres admitem já ter feito uso.

As substâncias ilícitas mais comuns são as voláteis (cola de sapateiro, refil de isqueiro e lança-perfumes), maconha e cocaína. As voláteis assim como as legais são mais consumidas devido ao seu fácil acesso e baixo custo.

O uso destas drogas pode provocar dificuldades na concentração algo prejudicial para os adolescentes e para as crianças que estão em idade escolar. Entre os problemas físicos, estão as lesões nos pulmões e no sistema nervoso central. Elas ainda podem causar alguns efeitos psicológicos como depressão, alterações no humor e ansiedade excessiva.

A agressividade, irritabilidade e queda no rendimento escolar podem ser os primeiros sinais do uso de drogas por meninos e meninas. O papel da família para evitar o problema é fundamental e deve ser por meio de muita conversa. Desta forma, as crianças e os adolescentes conhecerão os perigos que a dependência química pode trazer. Entretanto, se o caso for grave podem ser necessários acompanhamento de um especialista ou até internações.

Para enfrentar o problema da dependência química, o Estado  faz programas voltados para prevenção e combate do consumo de drogas. Além disso, a sociedade pode participar de  estratégias de enfrentamento.

O que diz a Lei?

De acordo com a Constituição Federal, é dever do Estado preservar a ordem pública e deixar intactas as pessoas e o patrimônio através de órgãos, como a Polícia Federal, que possui a responsabilidade de “prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência” (art. 144).

O Estatuto da Criança e do Adolescente, lei 8.069/90, determina que é proibida a venda à criança ou ao adolescente de “bebidas alcoólicas e produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica ainda que por utilização indevida” (art. 81). A punição para aqueles que vendam, forneçam ainda que gratuitamente, ministrem ou entreguem, de qualquer forma, a criança ou adolescente, sem justa causa, produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica, é de “detenção de dois a quatro anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave” (art. 243).

A Lei Nº 11.343 institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – Sisnad, que tem a finalidade de “articular, integrar, organizar e coordenar as atividades relacionadas com a prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção social de usuários e dependentes de drogas e a repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito de drogas” (art. 3).

Com quem falar sobre isso?

Procure um psicólogo e um pediatra para saber sobre os problemas psicológicos e biológicos que a droga causa no adolescente e na criança que a consome.

Fale com o secretário de Saúde ou de Educação do município para saber quais programas são voltados para o combate e prevenção da dependência química. Descubra se existe algum centro que interne e trate os dependentes químicos.

Os Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), COMAD e os conselhos tutelares acompanham alguns casos de uso de drogas entre meninos e meninas. Visite esses locais e converse com os profissionais que lá atuam para obter dados e conhecer a condição social que envolve a dependência.

As polícias militar, civil e federal são importantes fontes para a questão do tráfico de drogas.
 Especialistas concordam que a prevenção é (ainda mais em relação ao crack) praticamente a única forma de evitar que a droga se torne um problema mais à frente. Crianças pequenas precisam receber informações de forma mais lúdica, com teatro, fantoches ou historinhas. Acima dos dez anos, as crianças já têm algum discernimento para papos mais sérios. Para abordar o tema, os pais podem perguntar o que o filho acha do assunto. Se ouvir palavras positivas ou de brincadeira, pode rebater, dizendo que não é bem assim. “Falar a verdade é essencial”. Se a criança perguntar se o pai já usou drogas, ele tem que ser sincero e falar de drogas lícitas e ilícitas. Outro ponto importante: o pai tem de pensar bem ao escolher um filme, livro ou site para abordar o tema com os filhos.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Conflitos Familiares



A relação em família é complexa, pois cada ser humano é singular em relação a sua história, temperamento, idade, composição genética, etc.. Nos diversos relacionamentos, as diferenças individuais quanto às percepções e necessidades emergem, pois cada pessoa forma a sua própria percepção e tem necessidades num determinado momento.
As diferenças, comumente, não são percebidas como oportunidades de enriquecimento e acabam sendo usadas de modo destrutivo. Assim, a diferença que leva a um conflito de interesse é percebida como insulto e/ou desamor.
O casal ao interagir com os filhos influência na construção de suas identidades, bem como transmite-lhes modelos de relacionamento que serão levados para todas as áreas de suas vidas: amizade, profissional, amor, etc.
É vital ao bom ambiente familiar que o casal possua uma forte aliança, saiba lidar com seus conflitos, colabore entre si e satisfaça necessidades mútuas.  Por outro lado, é importante também que em suas funções de pais, exista apoio à autoridade de cada um dos cônjuges com relação aos filhos.
Conflitos podem acarretar distância emocional, disfunção física ou psicológica, ou envolvimento em uma aventura amorosa.
Quando há questões mal resolvidas entre o casal, uma ou mais crianças se envolvem no conflito marital, com a função de distrair os pais do conflito. Essa criança fica muito próxima de um ou ambos os pais, e as fronteiras entre as gerações são rompidas. A falta de comunicação, somada à dificuldade para resolver problemas em conjunto são fatores negativos na criação dos filhos.
Os conflitos tornam–se mais fáceis de serem enfrentados quando ambos os parceiros compreendem as questões e suas origens. Para tal é necessário cada um entender e aceitar os seus próprios medos, valores, expectativas e proteções e também as do parceiro.  Os relacionamentos adultos transferem, quase sem alterações, as características de disputas de poder entre pais e filhos, que cada um dos parceiros anteriormente tivera. Nesta luta pelo poder geram-se conflitos. Uma crise séria pode ser o ponto de partida para interromper esse círculo vicioso. Mas uma estratégia duradoura é poder enfrentar os fantasmas do passado.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Crack



É uma droga, geralmente fumada, feita a partir da mistura de pasta de cocaína com bicarbonato de sódio. É uma forma impura de cocaína e não um sub-produto. O nome deriva do verbo "to crack", que, em inglês, significa quebrar, devido aos pequenos estalidos produzidos pelos cristais (as pedras) ao serem queimados, como se quebrassem.Fumo de crack numa lata de alumínio.
A fumaça produzida pela queima da pedra de crack chega ao sistema nervoso central em dez segundos, devido ao fato de a área de absorção pulmonar ser grande e seu efeito dura de 3 a 10 minutos, com efeito de euforia mais forte do que o da cocaína, após o que produz muita depressão, o que leva o usuário a usar novamente para compensar o mal-estar, provocando intensa dependência. Não raro o usuário tem alucinações e paranoia (ilusões de perseguição).
Em relação ao seu preço, é uma droga mais barata que a cocaína.
O uso de cocaína por via intravenosa foi quase extinto no Brasil, pois foi substituído pelo crack, que provoca efeito semelhante, sendo tão potente quanto a cocaína injetada. A forma de uso do crack também favoreceu sua disseminação, já que não necessita de seringa — basta um cachimbo, na maioria das vezes improvisado, como, por exemplo, uma lata de alumínio furada.
A história do crack está diretamente relacionada com a da cocaína, grandemente consumida por grupos de amigos, em um contexto recreativo. No entanto, a cocaína era uma droga cara, apelidada de “a droga dos ricos”. Esse foi o principal motivo para a criação de uma “cocaína” mais acessível.
De fato, a partir da década de 70 começaram a misturar a cocaína com outros produtos e conforme outros métodos. Foi assim que surgiu o crack, obtido por meio do aquecimento de uma mistura de cocaína, água e bicarbonato de sódio. Na década de 80, o crack se tornou grandemente popular, principalmente entre as camadas mais pobres dos Estados Unidos.
Efeitos psicológicos
O crack é uma substância que afeta a química do cérebro do usuário: causando euforia, alegria, suprema confiança, perda de apetite, insônia, aumento da energia, um desejo por mais crack, e paranoia potencial (que termina após o uso). O seu efeito inicial é liberar uma grande quantidade de dopamina, uma química natural do cérebro que causa sentimentos de euforia e de prazer. O efeito geralmente dura de 5-10 minutos, após o qual os níveis de tempo de dopamina no cérebro despencam, deixando o usuário se sentindo deprimido. Quando o crack é dissolvido e injetado, a absorção pela corrente sanguínea é tão rápido como a absorção que ocorre quando o crack é fumado, e sentimentos de euforia pode ser experimentado. Uma resposta típica entre os usuários é ter outro hit da droga, no entanto, os níveis de dopamina no cérebro levam muito tempo para se restabelecer, e cada dose recebido em rápida sucessão leva a efeitos cada vez menos intenso. No entanto, uma pessoa pode ficar 3 ou mais dias sem dormir, enquanto sob o efeito do crack. Uso do crack em uma festa, durante o qual a droga é tomada repetidamente e em doses cada vez mais elevadas, leva a um estado de irritabilidade crescente, agitação e paranoia. Isso pode resultar em uma psicose paranoica, em que o indivíduo perde o contato com a realidade e passa a ter alucinações. Abuso de estimulantes de drogas (principalmente anfetaminas e cocaína) podem levar aparasitose delirante (a crença equivocada de que são infestados de parasitas). Por exemplo, o uso de cocaína em excesso pode levar à formigamento, apelidado de "bugs cocaína" ou "erros de coque", onde as pessoas afetadas acreditam ter, ou sentir, parasitas rastejando sob a pele. Essas ilusões também estão associados com febre alta ou abstinência do álcool, muitas vezes juntamente com alucinações visuais sobre insetos. Pessoas que vivem essas alucinações podem arranhar-se e causar danos cutâneos graves e sangramento, especialmente quando eles estão delirando.
Os efeitos fisiológicos em curto prazo do crack incluem: constrição dos vasos sanguíneos, pupilas dilatadas, aumento da temperatura, da frequência cardíaca e da pressão arterial. Grandes quantidades (várias centenas de miligramas ou mais) intensificam o efeito do crack para o usuário, mas também pode levar a um comportamento bizarro, errático, e violento. Grandes quantidades podem induzir tremores, vertigens, espasmos musculares, paranoia ou, com doses repetidas, uma reação tóxica. Alguns usuários de crack relataram sentimentos de agitação, irritabilidade e ansiedade. Em casos raros, morte súbita pode ocorrer no primeiro uso do crack ou de forma inesperada depois. As mortes relacionadas ao crack são muitas vezes resultado de parada cardíaca ou convulsões seguida de parada respiratória. Uma tolerância considerável ao uso do crack pode-se desenvolver, com muitos viciados relatando que eles procuram, mas não conseguem atingir tanto prazer como fizeram da sua primeira experiência. Alguns usuários aumentam a frequência das doses para intensificar e prolongar os efeitos eufóricos. Embora a tolerância à altas doses possa ocorrer, os usuários poderão também tornar-se mais sensíveis (sensibilização) para efeitos anestésicos e convulsivante do crack, sem aumentar a dose tomada. Aumento de sensibilidade pode explicar algumas mortes que ocorrem após doses aparentemente baixas de crack.
O crack eleva a temperatura do corpo, podendo causar no dependente um acidente vascular cerbral. A droga também causa destruição de neurônios e provoca a degeneração dos músculos do corpo, o que dá uma aparência visivelmente alterada aos seus usuários contínuos, bem característica (esquelética): olhos esbugalhados e ossos da face salientes, braços e pernas finos e costelas aparentes. O crack inibe a fome, de maneira que os usuários só se alimentam quando não estão sob seu efeito narcótico. Outro efeito da droga é o excesso de horas sem dormir, e tudo isso pode deixar o dependente facilmente doente.
[No caso do crack, com apenas três ou quatro doses, às vezes até na primeira, o usuário se torna completamente viciado. Normalmente o dependente, após algum tempo de uso da droga, continua a consumi-la apenas para fugir do desconforto da síndrome de abstinência: depressão, ansiedade e agressividade.
Após o uso, a pessoa apresenta quadros de extrema violência, agressividade que se manifesta a princípio contra a própria família, desestruturando-a em todos os aspectos, e depois, por consequência, volta-se contra a sociedade em geral, com visível aumento do número de crimes relacionados ao vício em referência.

Associação à prática de crimes

O uso do crack — e sua potente dependência psíquica — frequentemente leva o usuário que não tem capacidade monetária para bancar o custo do vício à prática de delitos e para obter a droga. Os pequenos furtos de dinheiro e de objetos, sobretudo eletrodomésticos, muitas vezes começam em casa. Muitos dependentes acabam vendendo tudo o que têm a disposição, ficando somente com a roupa do corpo. Em alguns casos, podem se prostituir para sustentar o vício. O dependente dificilmente consegue manter uma rotina de trabalho ou de estudos e passa a viver basicamente em busca da droga, não medindo esforços para consegui-la.
Embora seja uma droga mais barata que a cocaína, o uso do crack acaba sendo mais dispendioso: o efeito da pedra de crack é mais intenso, mas passa mais depressa, o que leva ao uso compulsivo de várias pedras por dia.

Chances de recuperação e tratamento

As chances de recuperação dessa doença, que muitos especialistas chamam de "doença adquirida"] (lembrando que a adição não tem cura), são das mais baixas que se conhece dentre todas as droga- dependências. A submissão voluntária ao tratamento por parte do dependente é difícil, haja vista que a "fissura", isto é, a vontade de voltar a usar a droga, é grande demais. Além disso, a maioria das famílias de usuários não tem condições de custear tratamentos em clínicas particulares ou de conseguir vagas em clínicas terapêuticas assistenciais, que nem sempre são idôneas.
 Nas Comunidades Terapêuticas as internações acontecem voluntariamente. É comum o dependente iniciar, mas abandonar o tratamento.
A melhor forma de tratamento desses pacientes ainda parece ser objeto de discussão entre especialistas. Muitos psiquiatras e autoridades posicionam-se a favor da internação compulsória em casos graves e emergenciais, cobrando revisão da legislação brasileira, que restringe severamente a internação compulsória de dependentes químicos, e aumento de vagas em clínicas públicas que oferecem esse tipo de internação.
Poucas cidades brasileiras possuem o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e drogas (CAPS AD). Possui atendimento ambulatorial e hospital-dia com equipes interdisciplinares cuja a função é criar uma rede de atenção aos usuários de álcool e outras drogas.
Outra estratégia de intervenção voltada à abordagem do usuário de crack são os chamados "Consultórios de Rua". O Consultório de Rua surgiu no fim da década de 1990, na cidade de Salvador (BA), para atender à população em situação de risco e vulnerabilidade social, principalmente crianças e adolescentes usuários de álcool e outras drogas. No Consultório de Rua, uma equipe formada por médicos, psiquiatras, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos e pedagogos presta atendimento aos dependentes químicos diretamente na rua, com o suporte de um ambulatório móvel.
A recuperação não é impossível, mas depende de muitos fatores, como o apoio familiar, da comunidade, a existência de rede de saúde adequada e, a persistência da pessoa.
No caso de internação, pode ser de extrema importância o acompanhamento do usuário após esse período, para que não recaia no vício.
Seis vezes mais potente que a cocaína, o crack tem ação devastadora provocando lesões cerebrais irreversíveis e aumentando os riscos de um derrame cerebral ou de um infarto.
Diferentemente do que se poderia imaginar, porém, não são as complicações de saúde pelo uso crônico da droga, mas sim os homicídios, que constituem a primeira causa de morte entre os usuários, resultantes de brigas em geral, ações policiais e punições de traficantes pelo não pagamento de dívidas contraídas nesse comércio. Outra causa importante são as doenças sexualmente transmissíveis, como o HIV, por exemplo, por conta do comportamento promíscuo que a droga gera. O modo de vida do usuário, enfim, o expõe à vitimização, muitas vezes e infelizmente levando-o a um fim trágico.
Estudos indicam que a porcentagem de usuários de crack que são vítimas de homicídio é significativamente elevada:os  usuários de crack correm risco de morte oito vezes maior que a população em geral. Cerca de 18,5% dos pacientes morreram após cinco anos. Destes, cerca de 60% morreram assassinados, 10% morreram de overdose e 30% em decorrência de AIDS.
Disseminação do vício
Cracolândia, ponto de consumo de crack em São Paulo
Estatísticas e apreensões policiais demonstram um aumento percentual do consumo de crack em relação às outras drogas, vindo seus usuários das mais variadas camadas sociais. Outras drogas, sobretudo a cocaína, funcionam, via de regra, como porta de entrada para o crack a que o usuário recorre por falta de dinheiro, para sentir efeitos mais fortes, ou ainda por curiosidade.
Ao local público onde legiões de usuários costumam se aglomerar para fazer uso da droga a mídia deu o nome de cracolândia. Esses mesmos locais são cenários de tráfico de entorpecentes, prostituição, etc., prejudicando sobremaneira o comércio nas adjacências. O efeito social do uso do crack é o mais deletério e, nesse sentido, o seu surgimento pode ser considerado um divisor de águas no submundo das drogas. As pedras começaram a ser usadas no ano de 1990 na periferia de São Paulo. Entretanto, em menos de dois anos a droga alastrou-se como uma praga por todo o Brasil. Recentes reportagens demonstram que o entorpecente tornou-se o mais comercializado nas favelas cariocas multiplicando os lucros dos traficantes.
Atualmente, pode-se dizer que há uma verdadeira "epidemia" de consumo do crack no País, atingindo cidades grandes, médias e pequenas. Efetivamente, é o que aponta recente pesquisa da Confederação Nacional de Municípios, amplamente divulgada, segundo a qual o crack é consumido em 98% das cidades brasileiras.
Embora gere menos renda para o traficante por peso de cocaína produzida, o crack, sendo mais viciante, garante um mercado cativo de consumo.

Redução de Danos:
No âmbito da psicoterapia das adições e toxicomanias a redução de danos, mais popularmente conhecida pela sigla RD, pode ser considerada um paradigma, uma abordagem ou uma perspectiva, e é utilizada para proporcionar uma reflexão ampliada sobre a possibilidade de diminuir danos relacionados a alguma prática que cause ou possa causar danos. Valoriza e põe em ação estratégias de proteção, cuidado e auto-cuidado, possibilitando mudança de atitude frente à situações de vulnerabilidade.
A RD constitui uma estratégia de abordagem dos problemas com as drogas, que não parte do princípio que deve haver uma imediata e obrigatória extinção do uso de drogas no âmbito da sociedade, seja no caso de cada indivíduo, mas que formula práticas que diminuem os danos para aqueles que usam drogas e para os grupos sociais com que convivem.
 O repasse de incentivo financeiro oriundo do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack possibilitou a finalização, no ano de 2010, pelo Ministério da Saúde, de um total de 58 Escolas de Redutores de Danos do SUS, municipais e intermunicipais, distribuídas nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste país. Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack o incentivo equivalente a R$ 150.000,00 cada, para fomentar, no decorrer do ano de 2011, a qualificação teórica e prática de 18 profissionais Redutores de Danos por ERD.