A serotonina é um hormônio que atua regulando o humor, sono, apetite, ritmo cardíaco, temperatura corporal, sensibilidade e funções intelectuais e por isso, quando este hormônio se encontra numa baixa concentração, pode causar mau humor, dificuldade para dormir, ansiedade ou mesmo depressão.
A serotonina é uma substância importantíssima no estudo neuroquímico da ansiedade. Tanto o bloqueio de seus receptores, quanto o bloqueio da sua síntese, produzem efeitos ansiolíticos.
A substância atua para regular o sono, o apetite, a temperatura do corpo, os movimentos, e principalmente coordenando funções intelectuais fundamentais.
Além disso, essa substância química é considerada pelos médicos e especialistas, como um estabilizador natural do humor.
Essa substância é capaz de controlar emoções, influenciar habilidades motoras e de trabalhar no processo digestivo e fluxo sanguíneo.
Veja as principais funções da substância:
- Regula o humor;
- Controla o apetite;
- Regula o sono;
- Aumenta ou diminui a libido;
- Regula a temperatura corporal;
- Reduz o nível de agressividade;
- Ajuda na coagulação sanguínea;
- . Regula a náusea.
Assim, quando há a ausência de serotonina, ou não há quantidade adequada da substância no cérebro, os sentimentos de solidão e tristeza podem ser predominantes.
Ou seja, a serotonina é um estabilizador natural do humor, e sua ausência no cérebro pode provocar depressão e também ansiedade.
De acordo com um levantamento recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), os brasileiros são os mais ansiosos do mundo.
Aproximadamente, 9,3% da população convive diariamente com os sintomas da doença.
Portanto, ter níveis adequados de serotonina na região cerebral pode prevenir doenças psicológicas das mais diversas, tais como depressão e a ansiedade.
O contrário do que muitos pensam, a depressão e a ansiedade não implicam necessariamente que há serotonina baixa no organismo.
O que acontece, é que a transmissão de serotonina não está sendo feita de maneira efetiva.
Por essa razão, são receitados antidepressivos, que além de aumentarem a presença de serotonina, regulam seu funcionamento.
De acordo com os especialistas, os remédios antidepressivos fazem com que o paciente tenha o humor melhorado e diminuição da ansiedade na maioria das vezes através da recaptação do hormônio.
Ou seja, o antidepressivo aumenta a quantidade da substância nos espaços entre os neurônios.
A glândula Pineal,localizada no centro do cérebro humano, é responsável por secretar a serotonina.
A falta de serotonina pode causar irritabilidade, mal humor, agressividade, pensamentos negativos, ataques de raiva ou de choro.
A pessoa com baixa serotonina em geral não consegue ter um sono tranquilo. Há bastante ansiedade e, por vezes, síndrome das pernas inquietas.
A sensação de ansiedade generalizada, bem como o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e transtorno de pânico podem ser reflexos de um desequilíbrio na serotonina.
O cansaço persistente, ainda que a pessoa esteja completamente descansada, pode ser um sintoma de baixa serotonina no organismo.
A tensão pré- menstrual (TPM) é outro problema que pode estar associado com baixa transmissão do hormônio no cérebro.
Especialistas também relacionam a enxaqueca com os baixos níveis de serotonina no organismo.
Outros sintomas de serotonina baixa também podem ser:
· Compulsão por doces e carboidratos;
· Níveis baixos de desejo sexual e libido;
· Mudanças repentinas na temperatura corporal.
Há diversas opções no mercado de inibidores seletivos de recaptação da substância, como:
· Fluoxetina
· Sertralina
· Paroxetina
· Citalopram
· Escitalopram, entre outros.
Alimentos que ajudam a aumentar a substância:
· Carnes magras, como aves e peixes;
· Leite e derivados;
· Feijão e grão de bico;
· Amendoim e castanha do Pará;
· Centeio, aveia e cereais integrais;
· Chocolate amargo;
· Frutas como banana, morango, abacaxi e mamão;
· Folhas como agrião, espinafre e rúcula;
· Legumes como tomate e abóbora;
· Dentre outros.
Exercícios físicos, em especial os praticados ao ar livre, podem aumentar a serotonina no corpo.
Assim, esportes como natação, corrida, ciclismo e aeróbicos de todos os tipos são indicados e muito bem-vindos.
O exercício físico produz uma sensação de bem-estar e de satisfação, além de beneficiar o metabolismo e a saúde em geral.
A prática de meditação, técnica milenar de reconexão com a consciência e essência espiritual, é mais uma alternativa que pode fazer disparar a substância no organismo.
Atitudes simples podem melhorar a captação de serotonina e aumentar a produção dela:
· Rever fotografias com momentos felizes;
· Realizar atividades de lazer;
· Entrar em contato com lembranças positivas;
Contato com a natureza.
Na perspectiva psicológica, adultos tem propensão a comer bastante devido: passividade e submissão, preocupação excessiva
com comida, ingestão compulsiva de alimentos e drogas, dependência e
infantilização, primitivismo, não aceitação do esquema corporal, temor de não
ser aceito ou amado, indicadores de dificuldades de adaptação social, bloqueio
da agressividade, dificuldade para absorver frustração, desamparo, insegurança,
intolerância e culpa.
No que diz respeito às crianças obesas, elas são mais regredidas e infantilizadas; tendo dificuldades
de lidar com suas experiências de forma simbólica, de adiar satisfações e obter
prazer nas relações sociais, de lidar com a sexualidade, além de uma baixa auto-estima
e dependência materna.
O ato de comer, para os obesos, é
tido como tranquilizador, como uma forma de localizar a ansiedade e a angústia
no corpo, sendo apresentadas também dificuldades de lidar com a frustração e
com os limites.
A obesidade pode estar relacionada
a fatores psicológicos como o controle, a ansiedade e o desenvolvimento
emocional.
O estudo sobre a ansiedade, do ponto de vista psicológico,
salienta uma diferenciação quanto à forma com que ela se apresenta - ansiedade
estado e traço.
A ansiedade estado é conceituada como um estado emocional
transitório ou condição do organismo humano, caracterizada por sentimentos
desagradáveis de tensão e apreensão, conscientemente percebidos e por um
aumento na atividade do sistema nervoso autônomo.
Já ansiedade traço, refere-se a diferenças
individuais relativamente estáveis na propensão à ansiedade, isto é, a
diferenças na tendência de reagir a situações percebidas como ameaçadoras com
intensificação do estado de ansiedade.
Soifer (1987), afirma que um
alto nível de ansiedade pode ter como sintoma a obesidade, que possivelmente
mascara dificuldades internas, afetivas e relacionais, requerendo um tratamento
psicológico urgente.
A literatura sobre obesidade e os distúrbios alimentares vem
focalizando, sobretudo, sujeitos do sexo feminino. Esta ênfase fundamenta-se na
perspectiva da evolução negativa para distúrbios mais severos, como anorexia e
bulimia em meninas (Candy & Fee,1998).
Por outro lado a obesidade em
meninos também tem aumentado.