Caracterizada como uma preocupação exagerada da pessoa com seu estado de saúde, a hipocondria é conhecida desde o século 4 a.C.
Os primeiros estudos sobre esse transtorno foram realizados por Hipócrates, o pai da medicina, que o associou a melancolia.
A maioria das pessoas que sofrem de hipocondria apresenta tendência a depressão e ansiedade.
O hipocondríaco acredita que possui pelo menos uma doença grave, progressiva e com sintomas determinados, ainda que exames laboratoriais e consultas com vários médicos assegurem que nada exista.
Esse transtorno é uma forma do homem lidar com as dores de sua existência, quando o indivíduo passa a sentir-se doente sem motivo, possivelmente é um pedido de socorro e de atenção, o ideal seria que o profissional que atende essa pessoa investigue queixas de uma experiência de vida mal resolvida.
O termo hipocondria, vem do grego hypochóndrion - hipocondrio-, que reveste a cavidade gástrica, abrigando intestinos,estômago e baço. De acordo com a teoria dos humores, de Hipócrates, a hipocondria estava associada à melancolia, considerada uma doença nervosa com origem no hipocondrio.
Pacientes com sinais de hipocondria demonstram medo constante de adoecer, contaminar-se ou desenvolver uma doença grave, predomina na classe masculina.
A manifestação do transtorno é reconhecida na adolescência e passa a ser mais frequente a partir da quarta o quinta década da vida.
O que difere de uma pessoa que passou por uma doença grave, de fato , e após de restabelecerem ficam sensibilizadas com o ocorrido, preocupando-se demais, pois depois de passarem por um novo exame que descarte o recrudescimento da doença, a pessoa em questão, tranquiliza-se, o que não acontece com o hipocondríaco.
O hipocondríaco tem grande sensibilidade para identificar movimentos, sons, ruídos e outros sinais do corpo que passariam desapercebidos para a maioria das pessoas, dá importância demais a qualquer sinal físico ou dor, costuma ficar ansioso e temeroso.
Também tem a impressão de que qualquer dor ou desconforto é sinal de doença grave, injerindo remédios com frequência, sem prescrição médica.
Tem necessidade de consultar diversos médicos, apesar de vários deles terem feito o mesmo diagnóstico com base nos resultados dos exames.
Geralmente anda com vários exames arquivados em pastas nas suas peregrinações pelos profissionais.
Geralmente anda com vários exames arquivados em pastas nas suas peregrinações pelos profissionais.
Vive com a suspeita constante de ser portador de alguma doença grave.Tem compulsão por conversar com pessoas doentes para comparar sintomas e mal-estares.
Para os hipocondríacos, a crença de que há algo errado com seu corpo interfere no dia a dia, causa angustia e depressão, a doença imaginária causa, sim, sofrimento real, havendo situações que o quadro demora anos devido a falta de interesse dos profissionais de saúde pelas queixas do hipocondríaco.Esclarecendo, a hipocondria não é caracterizada como doença, porque não apresenta um conjunto claro de sintomas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A hipocondria pode ser tratada com psicoterapia associada a ansiolíticos, e deve ser investigado outros transtornos de ansiedade, como por exemplo, pânico ou depressão. No entanto,muitos hipocondríacos, resistem a idéia de procurarem um psiquiatra e partem para automedicação.
Já a Sindrome de Munchausen é uma doença psiquiátrica em que o paciente, de forma compulsiva, deliberada e contínua, causa, provoca ou simula sintomas de doenças, com a intenção de obter cuidados médicos e de enfermagem. A pessoa afetada exagera ou cria sintomas nela mesma para ganhar atenção, atendimento e simpatia.
O paciente com Muchausen sabe que está exagerando, enquanto o hipocondríaco acredita que está doente de fato.
Segue o teste chamado Índice de Whiteley, que avalia a possibilidade do diagnóstico de hipocondria:
- Preocupa-se o tempo todo com a possibilidade de alguma doença séria?
- Sofre dores e sintomas variados?
- Presta muita atenção a tudo que ocorre no seu corpo?
- Está muito preocupado com a saúde?
- Tem sintomas de doenças muito graves com frequência?
- Ao ser informado de alguma doença grave (pela mídia), preocupa-se com a possibilidade de adoecer?
- Quando está doente, preocupa-se e incomoda-se se alguém diz que você já está melhor?
- Está acometido com sintomas diferentes?
- Costuma duvidar até de si mesmo e buscar outras razões?
- Custa a acreditar no médico quando ele afirma que você não tem nenhuma doença?
- Tem a sensação de que as pessoas não levam a sério a sua doença?
- Tem convicção de que sua preocupação com saúde é maior que a dos amigos?
- Acredita que há algo no seu corpo que está funcionando mal?
- Tem medo de alguma doença?
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