A
existência do ciúme tem muitos fatores.
Cada caso de ciúme doentio deve
ser analisado separadamente. No entanto a insegurança cultivada pela baixa
estima, aliada a experiência de relacionamentos
ruins, é o principal motivo do ciúme
nos relacionamentos.
Um detalhe importante é saber que todo ciumento
exagerado é visível no início da relação, mas a paixão nos faz enxergar
aquele “ciuminho” como um charme, uma coisa bonitinha. Uma manifestação
de amor, etc. Cuidado e muita calma nessa hora!
Abaixo listo dez características de comportamento que lhe ajudarão identificar um caso de ciúme possessivo. Atente para os sintomas:
Abaixo listo dez características de comportamento que lhe ajudarão identificar um caso de ciúme possessivo. Atente para os sintomas:
01 - Você
é a única razão de viver dele(a). É melhor morrer do que viver sem você (essa
frase deve ser considerada junto com as demais características);
02 -
Ligações constantes sem motivos ou motivos muito fúteis que geralmente são
utilizados para esconder a necessidade de monitoramento;
03 -
Necessidade de controlar tudo, saber de tudo, querer dominar tudo que você faz
ou vive, não deixando espaço para sua vida pessoal, desejos e afinidades.
Nesses casos a pessoa inventa desculpas para frequentar o maior número de
ambientes e atividades que você, ou te fazer desistir dos que ela não pode
acompanhar;
04 - Você
vai aonde eu for ou se eu for com você, caso contrário os dois não vão para
lugar nenhum. Cuidado! Inicialmente parece algo normal, mas com o tempo isso se
torna cansativo, manipulador e opressivo;
05 - Você
é frequentemente visto e citado como “propriedade” (você é meu / você é minha)
e o “amor” é apenas uma forma de justificar isso. Apesar das manifestações de
carinho e afeto, declarações, etc. Você na verdade é aquilo que representa o
símbolo de segurança emocional e autoestima para o outro. Toda afetividade,
geralmente representa um cuidado consigo mesmo(a), transferindo o valor que
deveria existir em si próprio para o outro. Esse é o motivo de tanta possessão;
06 – O
ciumento exagerado antecipa situações de “risco”. É capaz de planejar estratégias
de monitoramento muito antes do que você imagina. Sabe aquele encontro com os
amigos(as) que você pretende ir mês que vem? Se a pessoa ciumenta souber e não
puder lhe acompanhar, dará um jeito de cancelar essa reunião (para você) sem ao
menos você perceber que foi tudo armação dela(e);
07 – A
pessoa ciumenta é frequentemente ansioso(a), precisando sempre estar em
“movimento”, com foco num evento futuro ou mesmo numa inquietação desconhecida
por ele mesmo(a). Essa característica está possivelmente associada à
insegurança e baixa estima;
08 – O
ciumento pode ser “escandaloso” (histérico) ou introvertido (tímido). O
primeiro é aquele que chama atenção para os demais, fazendo uso do “escândalo”
como ferramenta de intimidação, para que você “crie vergonha na cara”
(risos). O segundo é aquele que chama a sua atenção com chantagens emocionais,
lamentos e palavras de autopiedade, no fim de que você tenha “compaixão” e dê
“valor” aos seus sentimentos.
09 – O
ciumento exagerado é tão sociável quanto antissocial. Tudo depende do que irá
lhe trazer mais segurança. Se for necessário criar vínculos fictícios com
outras pessoas, apenas para se manter perto de você, assim o fará. Da mesma
forma poderá fazer uso de um comportamento antissocial apenas parar lhe afastar
de situações (pessoas) que representam ameaça para ele(a);
10 –
Finalmente, quem sofre de ciúme precisa de ajuda e compreensão, e não de “pena”
ou ignorância. Não confunda as coisas. Relacionamento amoroso não deve servir
de “muleta” emocional para a vida de ninguém. O que parece ajudar, na
realidade, piora quando o relacionamento se torna insustentável e passa a ser
traumático. Se você é uma pessoa que passa por esse tipo de situação, converse
com alguém que pode te ajudar a compreender e superar esse problema. Quanto
antes, melhor!
Quem sofre os "ataques"
do parceiro alimenta-o sem saber à medida que concorda em submeter-se ao que o
outro pede. Por exemplo: se, ao ser questionado sobre quem lhe enviou e-mails,
mesmo no trabalho, ele responder, der satisfações, o outro se sentirá no direito
de fazê-lo sempre, agindo dessa forma cada vez mais incisivamente.As brigas
tornam-se frequentes e o clima de tensão impera na relação, já que qualquer
coisa é motivo para reacender o ciúme. Porém, há momentos de total
tranquilidade intercalados a estes - geralmente quando estão juntos, fazendo
algo que distraia a atenção do ciumento - o que deixa a "vítima" do
ciúme confusa, tirando a vontade de abandonar a relação que muitas vezes é
tentadora.Quando você vive em uma família cujas características principais são
o controle, o cuidado excessivo, o zelo e preocupação com os filhos, cresce
achando que assim deve ser, pois esse foi o modelo aprendido.
Mas afinal quem é a vítima aqui?
Aquele que sofre com as cobranças e vive numa verdadeira prisão ao lado de
alguém possessivo e controlador ou este, que vive em constante tensão e
desconfiança, perdendo por completo sua tranquilidade perante a vida em função
de algo que o consome? Diria que ambos são vítimas e necessitam cuidados, cada
um em seu contexto. Aquele que convive com o ciumento deve aprender a colocar
limites, não alimentando a dinâmica doentia do parceiro, e não deixando de
fazer suas coisas ou falar com seus amigos só porque o outro quer. Ele acaba
cedendo às pressões para evitar brigas, o que lhe parece mais fácil, mas o
resultado é catastrófico, pois quando menos imaginar perceberá o quanto está
agindo em função do outro e se deixando de lado, submetendo-se, anulando-se por
completo. E o pior: nada satisfaz ao parceiro, que vai exigir sempre mais,
pois, como já foi dito, a sensação da dúvida permanece.
A maneira
certa de lidar com o ciúme:
Em sua terapia procure entender
porque se deixa dominar por alguém que lhe cerceia por completo, aceitando
abrir mão de seu direito e liberdade de relacionar-se com as pessoas e com o
mundo. Já o ciumento deve procurar ajuda psicoterapêutica e medicamentosa, pois
o tratamento abrange tanto o lado emocional quanto o físico. É uma doença
tratável à base de antidepressivos, que aliviarão e muito os sintomas, devolvendo
à pessoa a liberdade de viver. A psicoterapia paralela à medicação é
fundamental para que se trabalhem questões profundas ligadas ao aparecimento do
ciúme, geralmente envolvendo dinâmicas familiares complicadas, insegurança e
autoestima baixa, entre outras. Nunca tome medicação por conta própria, sempre
consulte o médico antes de optar pelo tratamento medicamentoso.
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