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segunda-feira, 13 de maio de 2019

Estudando a Psicologia 8: Prevenção Primária

Prevenção primária envolve a redução da taxa de novos casos de distúrbio mental numa população durante um certo período, neutralizando as circunstâncias perniciosas antes que elas tenham oportunidade de causar a doença.
Não procura impedir que uma pessoa específica adoeça, procura reduzir o risco em toda a população.
A prevenção primária estende seu cuidado não para um só indivíduo mas para toda a população exposta às influencias nocivas do mesmo teor.
No campo da saúde mental se interessa não apenas pelas condições nocivas, mas igualmente por aquelas que modificam a vulnerabilidade ou a resistência das pessoas a elas expostas.
Fatores do hospedeiro: Qualidades dos membros de uma população que determinam sua vulnerabilidade ou resistência às tensões ambientais, são constituídas por dois grupos de atributos, o primeiro são a idade, sexo, classe socioeconômica.O segundo  grupo, atribui-se a força geral do ego, a habilidade para a solução de problemas, e a capacidade para tolerar a angustia e a frustração
Um programa de prevenção primária se concentra na identificação das influencias perniciosas correntes, as forças ambientais qua apoiam os indivíduos na resistência àquelas, e as forças ambientais que influenciam a resistência  da população a futuras experiências patogênicas.
Esta abordagem baseia-se no pressuposto de que muitas perturbações mentais resultam de inadaptação e desajustamento e que, pela alteração do equilíbrio de forças, é possível conseguir uma adaptação e um ajustamento saudáveis.
Alguns dos programas de prevenção primária foram instituídos antes de contarmos com etiologias validas das doenças que estavam sendo prevenidas.
Os profissionais da saúde pública, não esperaram até terem conhecimentos etiológicos para instituírem seus programas preventivos.
Confiaram nos melhores juízos correntes sobre os fatores que pareciam estar associados à presença ou ausência de doenças em vários segmentos da população.
O alvo de um programa comunitário de prevenção primária é o grande grupo intermédio,consistindo em indivíduos em que o equilíbrio de forças não pende claramente numa direção ou outra.
Na ausência de um conhecimento das causas dos distúrbios mentais, a prevenção primária deve ser dirigida no sentido de melhorar os recursos assistenciais não específicos na comunidade e de reduzir  condições perniciosas.
O modelo conceitual enfatiza as influencias ambientais que afetam comumente muitas pessoas em grau significativo e ignoram os fatores idiossincráticos que determinam as diferenças individuais.
Esse modelo também acredita que para uma pessoa não se tornar mentalmente perturbada, necessita de suprimentos compatíveis com seu crescimento e desenvolvimento, que seriam;
Suprimentos físicos: Incluem alimentação, habitação, estimulação sensorial, exercício físico,etc. Suprimentos psicossociais: Incluem a estimulação do desenvolvimento cognitivo e afetivo e a forma como ela percebe a realidade assim como suas atitudes e aspirações.
Suprimentos sócio-culturais: Costumes e valores da cultura e da estrutura social.
Algumas privações de todos os três tipos de suprimentos tem maior impacto em pessoas idosas e seus efeitos são agravados se forem múltiplos.
Entre as fases do ciclo da vida (infância, adolescência, adulto, e velhice) podem surgir crises de desenvolvimento ou perturbações psicológicas cognivas e afetivas.
Crises acidentais são caracterizadas por perturbação psicológica e comportamental precipitados por azares na vida e envolvendo uma súbita perda de  suprimentos básicos.
Um exame da história de pacientes psiquiátricos mostra que, durante alguns desses períodos de crise, o indivíduo parece ter lidado com seus problemas de forma desajustada e ter saído da crise menos saudável do que era antes.
A personalidade amadurece de maneiras diferentes de indivíduo para indivíduo a influencia dos fatores biopsicossociais pode mudar de forma inesperada durante os períodos de crise.
Essa concepção de crise como um período transitório que apresenta ao indivíduo tanto uma oportunidade de crescimento da personalidade quanto o perigo de crescente vulnerabilidade ao distúrbio mental que dependerá do seu modo de controlara a situação.
A resistência ao distúrbio mental pode ser aumentada se ajudarmos o indivíduo a ampliar seu repertório de habilidades eficazes na resolução de problemas.
A crise é um momento decisivo que tanto pode aproximar como afastar o ser humano do distúrbio mental.





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