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terça-feira, 4 de agosto de 2020

Ansiedade e Distúrbios Alimentares

serotonina é um hormônio que atua regulando o humor, sono, apetite, ritmo cardíaco, temperatura corporal, sensibilidade e funções intelectuais e por isso, quando este hormônio se encontra numa baixa concentração, pode causar mau humor, dificuldade para dormir, ansiedade ou mesmo depressão.

 A serotonina  é uma substância importantíssima no estudo neuroquímico da ansiedade. Tanto o bloqueio de seus receptores, quanto o bloqueio da sua síntese, produzem efeitos ansiolíticos.

A substância atua para regular o sono, o apetite, a temperatura do corpo, os movimentos, e principalmente coordenando funções intelectuais fundamentais. 

Além disso, essa substância química é considerada pelos médicos e especialistas, como um       estabilizador natural do humor. 

Essa substância é capaz de controlar emoções, influenciar habilidades motoras e de trabalhar no processo digestivo e fluxo sanguíneo.

Veja as principais funções da substância:

  •          Regula o humor;
  •          Controla o apetite;
  •          Regula o sono;
  •          Aumenta ou diminui a libido;
  •          Regula a temperatura corporal;
  •          Reduz o nível de agressividade;
  •          Ajuda na coagulação sanguínea;
  • .       Regula a náusea.

Assim, quando há a ausência de serotonina, ou não há quantidade adequada da substância no cérebro, os sentimentos de solidão e tristeza podem ser predominantes.

Ou seja, a serotonina é um estabilizador natural do humor, e sua ausência no cérebro pode provocar depressão e também ansiedade.


De acordo com um levantamento recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), os brasileiros são os mais ansiosos do mundo. 

Aproximadamente, 9,3% da população convive diariamente com os sintomas da doença.

Portanto, ter níveis adequados de serotonina na região cerebral pode prevenir doenças psicológicas das mais diversas, tais como depressão e a ansiedade.

O contrário do que muitos pensam, a depressão e a ansiedade não implicam necessariamente que há serotonina baixa no organismo. 

O que acontece, é que a transmissão de serotonina não está sendo feita de maneira efetiva

Por essa razão, são receitados antidepressivos, que além de aumentarem a presença de serotonina, regulam seu funcionamento.

De acordo com os especialistas, os remédios antidepressivos fazem com que o paciente tenha o humor melhorado e diminuição da ansiedade na maioria das vezes através da recaptação do hormônio.

 Ou seja, o antidepressivo aumenta a quantidade da substância nos espaços entre os neurônios.

A glândula Pineal,localizada no centro do cérebro humano, é responsável por secretar a serotonina.

A falta de serotonina pode causar irritabilidade, mal humor, agressividade, pensamentos negativos, ataques de raiva ou de choro.

A pessoa com baixa serotonina em geral não consegue ter um sono tranquilo. Há bastante ansiedade e, por vezes, síndrome das pernas inquietas.

A sensação de ansiedade generalizada, bem como o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e transtorno de pânico podem ser reflexos de um desequilíbrio na serotonina.


O cansaço persistente, ainda que a pessoa esteja completamente descansada, pode ser um sintoma de baixa serotonina no organismo.


A tensão pré- menstrual (TPM) é outro problema que pode estar associado com baixa transmissão do hormônio no cérebro. 


Especialistas também relacionam a enxaqueca com os baixos níveis de serotonina no organismo.

Outros sintomas de serotonina baixa também podem ser:


·         Compulsão por doces e carboidratos;

·         Níveis baixos de desejo sexual e libido;

·         Mudanças repentinas na temperatura corporal.

Há diversas opções no mercado de inibidores seletivos de recaptação da substância, como: 


·               Fluoxetina

·               Sertralina

·               Paroxetina

·               Citalopram

·               Escitalopram, entre outros.

      

Alimentos que ajudam a aumentar a substância:


·         Carnes magras, como aves e peixes;

·         Leite e derivados;

·         Feijão e grão de bico;

·         Amendoim e castanha do Pará;

·         Centeio, aveia e cereais integrais;

·         Chocolate amargo;

·         Frutas como banana, morango, abacaxi e mamão;

·         Folhas como agrião, espinafre e rúcula;

·         Legumes como tomate e abóbora;

·         Dentre outros.



Exercícios físicos, em especial os praticados ao ar livre, podem aumentar a serotonina no corpo. 

Assim, esportes como natação, corrida, ciclismo e aeróbicos de todos os tipos são indicados e muito bem-vindos. 

O exercício físico produz uma sensação de bem-estar e de satisfação, além de beneficiar o metabolismo e a saúde em geral.

A prática de meditação, técnica milenar de reconexão com a consciência e essência espiritual, é mais uma alternativa que pode fazer disparar a substância no organismo. 

Atitudes simples podem melhorar a captação de serotonina e aumentar a produção dela:


·         Rever fotografias com momentos felizes;

·         Realizar atividades de lazer;

·         Entrar em contato com lembranças positivas;

          Contato com a natureza.


Na perspectiva psicológica, adultos tem propensão a comer bastante devido: passividade e submissão, preocupação excessiva com comida, ingestão compulsiva de alimentos e drogas, dependência e infantilização, primitivismo, não aceitação do esquema corporal, temor de não ser aceito ou amado, indicadores de dificuldades de adaptação social, bloqueio da agressividade, dificuldade para absorver frustração, desamparo, insegurança, intolerância e culpa.

 No que diz respeito às crianças obesas, elas são mais regredidas e infantilizadas; tendo dificuldades de lidar com suas experiências de forma simbólica, de adiar satisfações e obter prazer nas relações sociais, de lidar com a sexualidade, além de uma baixa auto-estima e dependência materna.

O ato de comer, para os obesos, é tido como tranquilizador, como uma forma de localizar a ansiedade e a angústia no corpo, sendo apresentadas também dificuldades de lidar com a frustração e com os limites.

A obesidade pode estar relacionada a fatores psicológicos como o controle, a ansiedade e o desenvolvimento emocional. 

O estudo sobre a ansiedade, do ponto de vista psicológico, salienta uma diferenciação quanto à forma com que ela se apresenta - ansiedade estado e traço.

 A ansiedade estado é conceituada como um estado emocional transitório ou condição do organismo humano, caracterizada por sentimentos desagradáveis de tensão e apreensão, conscientemente percebidos e por um aumento na atividade do sistema nervoso autônomo. 

Já ansiedade traço, refere-se a diferenças individuais relativamente estáveis na propensão à ansiedade, isto é, a diferenças na tendência de reagir a situações percebidas como ameaçadoras com intensificação do estado de ansiedade.

Soifer (1987), afirma que um alto nível de ansiedade pode ter como sintoma a obesidade, que possivelmente mascara dificuldades internas, afetivas e relacionais, requerendo um tratamento psicológico urgente.

A literatura sobre obesidade e os distúrbios alimentares vem focalizando, sobretudo, sujeitos do sexo feminino. Esta ênfase fundamenta-se na perspectiva da evolução negativa para distúrbios mais severos, como anorexia e bulimia em meninas (Candy & Fee,1998).

Por outro lado a obesidade em meninos também tem aumentado.