Estou no facebook

segunda-feira, 18 de março de 2019

A folia mórbida da Momo - Como proteger nossas crianças dos perigos da internet

A imagem de uma boneca baseada na escultura de uma ‘mulher pássaro’, que foi exibida 
no Japão em 2016 durante uma exposição, foi chamada de ‘Guai Bird’ e queria mostrar o fantasma de uma mãe que morreu durante a gestação.
A personagem burla algaritmos do You Tube, ensina passo a passo como crianças devem se automutilar, e também ameaça as crianças caso contem aos pais.

Em inglês, ela dá instruções de como cometer suicídio . Mas é preciso tomar cuidado: não apenas as crianças que entendem a língua estão sujeitas ao perigo. Além do áudio ensinando como cortar os pulsos com diversos objetos que podem estar presentes em casa, também há imagens demonstrando o ato, fazendo com que se torne facilmente imitável pelas crianças. Há também relatos de que, além de cometer suicídio, a personagem estimula as crianças a fazerem outros desafios, como esfaquear outras pessoas da casa. Para influenciar os pequenos a realmente fazerem o ato, a boneca retorna no fim do vídeo com ameaças e diz que, caso a criança não cumpra a ordem, ela vai voltar para pegá-la durante a noite ou matar seus pais. Assim, causando medo, é mais provável que a criança realmente o faça.
Lançado em 2016, o YouTube Kids tem o objetivo de tornar a plataforma mais segura para o acesso de conteúdos destinados a crianças. Procurado pelas mídias, o YouTube Kids informou que, após análise, não viu nenhuma evidência recente promovendo o desafio Momo nos vídeos da plataforma de streaming, e que oferece estrutura para que tais casos sejam denunciados. Ainda segundo o YouTube Kids, este tipo de conteúdo violaria políticas e seria removido imediatamente.
Infelizmente muitos pais largam seus filhos com celulares e tablets e não se preocupam com o que os mesmos estão acessando. Crianças precisam de supervisão sempre, a internet não é babá.
Por sua vez, adolescentes gostam de serem desafiados e quase sempre estão predispostos a participarem de jogos desse tipo, para se autoafirmarem ou para dar vazão a sentimentos de menos valia que neles habitam, como a depressão por exemplo.
O que digo aos pais é simples: A internet é um mundo, no mundo real não se sai por aí convidando estranhos para dentro de casa, no mundo virtual também não se deve permitir que qualquer estranho compartilhe de sua intimidade através do computador, e para isso deve-se conversar com os filhos sobre os reais perigos, assim como fazemos quando eles vão passear na rua, ir à escola etc.
E quando as crianças são muito pequenas para entenderem? Eu pergunto, vocês papais e mamães, deixam seus pequenos no meio da rua sozinhos? Claro que não.
Então não permitam que usem a internet sem vigilância de um adulto responsável, como referi antes, internet não é babá.
A única coisa que se pode fazer é estar perto, conversar, orientar.

quinta-feira, 14 de março de 2019

Como superar o fim de um relacionamento

Noites em claro, memórias boas e ruins, evoluções e recaídas, emoções à flor da pele, raiva e descrença, choros e lamentos. 
Todos já passamos por isso ao menos uma vez na vida quando um namoro, um casamento, enfim, um relacionamento que proporcionou momentos memoráveis termina.
Algumas vezes o sentimento simplesmente vai se esvaindo, a rotina pode ser reconfortante para alguns, mas para outros as lacunas são enormes.
Algumas vezes um manifesta comportamentos, que parecem coisas pequenas, os quais o outro não aprova.
As vezes a causa é algo grande, como uma traição por exemplo. Muitos não superam o fato de serem traídos, por mais que o outro garanta que não houve grandes envolvimentos e nem continuidade.
Muitas vezes os relacionamentos são rompidos porque ao conhecermos a outra pessoa, pouco a pouco percebemos que aquela impressão inicial não corresponde a realidade da personalidade do parceiro.
 Algumas pessoas se esforçam por parecerem interessantes no inicio do relacionamento mas aos poucos percebemos que tratava-se apenas de uma forma como ele gostaria de ser e não de como ele é de verdade.
A cientista Stephanie Pappas, fez uma análise de fatos sobre o término do ponto de vista científico. São eles:
1-Rompimentos são previsíveis: Observe como está seu relacionamento, como seu ou sua parceira se comporta, se há incompatibilidade na maioria dos interesses, se estão sempre fazendo atividades afastados, se tem pouco o que conversar, ou seja não há assuntos em comum. Por exemplo: um gosta de praia e o outro detesta, sendo assim, ou não vão à praia frustrando um dos parceiros, ou apenas um irá vivendo o individualismo. Ou pior os dois vão, mas o que não gosta desse tipo de passeio, fica de cara amarrada, e logo surgem discussões as vezes sem motivo.
2- Você termina com você mesmo: Quando os relacionamentos terminam, as pessoas sentem não apenas a dor da perda do parceiro, mas também a das mudanças que elas deverão fazer em si próprias, de rotina, de hábitos, tudo lembra o outro, então vem uma angustia enorme e muitas vezes, crises de choro.
3- Términos parecem mais dolorosos do que o são: Quando o término chega, é normal pensar que você vai morrer e nunca mais vai superar essa dor. A Ciência mostra, porém, que esse “luto interno” dura menos do que esperamos. Em geral, nos recuperamos do fim cerca de duas vezes mais rápido do que nós próprios esperamos. Nós superestimamos a perda, achando que ela será dolorida para sempre. E nunca é!  
4- O Auto-Flagelo: Ficar stalkeando, perseguindo, procurando notícias do ex, retarda o processo de superação, além de causar angustia e depressão.
5- As mulheres sofrem mais: Ainda que o término possa ser igualmente doloroso para homens e mulheres, a dor que elas sentem é maior. Mais isso hoje em dia é relativo, pois depende do grau de envolvimento de cada um, tem mulheres por exemplo, que ocupam seus dias com o trabalho, amigos, atividades conjuntas o que faz manterem o foco em outros interesses. Também existem homens que  sofrem e muito, mas por orgulho e machismo, não revelam.
6- Afogar as mágoas ou trabalhar esse sentimento: Social Psychology and Personality publicou um estudo mostrando que as pessoas que participaram de sessões de psicoterapia, superaram o término muito mais rapidamente do que aquelas que não procuraram ajuda psicológica.
Outras dicas que posso acrescentar:
1- Abrace o sofrimento: O término do relacionamento pode doer, mas pode ser exatamente o que você estava precisando para sair da sua zona de conforto e ser muito mais feliz. Na pior das hipóteses, você sairá mais forte e resistente à dor!
2- Assuma a responsabilidade pelos seus sentimentos: É normal querermos culpar o/a ex pela nossa miséria.Quando assumimos a responsabilidade pelos nossos sentimentos, adquirimos o poder de superá-los.
3- Abandone a ilusão da Alma Gêmea: Essa ideia romântica já está muito ultrapassada. Vivemos numa era de abundância e liberdade. Desapegue da ilusão do “feitos um para o outro” e chame o próximo da fila.
4- Felizes para sempre: Adote a filosofia do seja eterno enquanto dure, pois namoro tem prazo de validade. Veja na natureza: raros são os animais que têm apenas um parceiro ao longo da vida, a maioria das espécies têm vários em um único ano.
5- Siga a sua Rotina: Não se dê o luxo de mudar a sua agenda para curtir a fossa! Você não precisa da piedade dos outros. 
6- Transforme emoção em realização: Essa fase em que as emoções ficam à flor da pele pode ser a mais produtiva da sua vida! Dedique-se mais ao trabalho, a escrever, a estudar, ou outro projeto qualquer. Você vai perceber que terá mais inspiração e disposição para realização.
7- Exercite-se: Essa é a melhor, além de encher o corpo de endorfinas e ter aquele alívio imediato, você pode entrar em forma e melhorar a sua autoestima.
8- Quando a dor apertar, mude o foco: Na hora que perceber que vai entrar numa vibração triste de melancolia, respire profundamente para ficar mais consciente e mude o foco, vá fazer algo que gosta, saia de casa, converse com alguém.
9- Mude de Ambiente: Procure lugares novos, dos quais não esteve com o antigo parceiro, você vai perceber que se sente diferente e que pode fazer as coisas mudarem.
10- Mude seu estado de Comportamento: Ou seja, quando se sentir solitário, encontre um amigo. Quando estiver triste, assista a uma comédia. Quando estiver com preguiça, faça algum exercício.
11- Faça terapia: Quando você fala em voz alta sobre tudo o que aconteceu e o que está sentindo, consegue enxergar a situação com mais clareza. E pode muda-la.
12-Crie uma lista do que você realmente é, e uma lista de agradecimentos: Sente-se com papel e caneta na mão e escreva aquilo que você realmente pensa sobre si mesmo e até mesmo aquilo que gostaria de pensar, por exemplo “eu sou um excelente namorado/a  e quem estiver comigo tem muita sorte”, “eu sou confiante e interessante, sou um ótimo partido”, e assim por diante. Quando você foca no sentimento de gratidão por tudo que tem e pelas experiências incríveis que teve, a dor da perda e a tristeza dão lugar à felicidade e satisfação. 
13- Lembre-se dos seus propósitos na vida: Quando levar o foco a tudo que quer realizar, vai perceber que não tem tempo para perder se lamentando com o passado e que mais vale focar no futuro.
14- Liberte-se do peso do passado: Sente-se e visualize uma chama de cor violeta rodear o seu corpo e incinerar os vínculos com o passado e com o relacionamento que acabou, como se estivesse rompendo os fios de uma marionete e sentindo-se mais leve, livre e independente para viver o presente e construir um novo futuro.
15- Ocupe-se: O fato é que se você estiver ocioso, a mente será atraída para o problema e o sofrimento. Encha a sua agenda de compromissos sociais e profissionais enquanto o tempo se ocupa em cicatrizar a ferida.
Se existe uma palavra que eu possa dar a todas as pessoas que procuram conforto neste momento tão difícil seria: Reconstrua-se. 
Aproveite a vivencia, mesmo que este rompimento não tenha sido sua escolha, use este turbilhão emocional como informações a seu próprio respeito. 
Creio que você pode aprender muito sobre si mesmo. Talvez esteja tendo reações que nunca imaginou que seria de seu feitio, talvez esteja tendo pensamentos e comportamentos que o faz não reconhecer a si mesmo, mas você pode crescer e sair renovado (a).
 Um psicologo pode ajudar quando procurado para realizar psicoterapia com o foco no fim do relacionamento.

sexta-feira, 8 de março de 2019

De que adianta ser feliz sem plateia? - A busca pelas migalhas de "likes"

Pobreza é algo aparentemente fácil de se definir, pois partimos do conceito de pobreza financeira, aquele que não tem dinheiro para se manter, enfim...
Mas existe hoje um outro tipo de pobreza que cada vez mais cresce, que também pode ser definida como carência e solidão.
Com o crescimento da violência, o alto custo de alguns passeios, o transito caótico das cidades, muitas pessoas preferem ficar em casa, e navegar por um outro mundo cada vez mais conhecido que é a internet.
As mídias sociais por sua vez, criaram  uma silenciosa e acirrada disputa entre as pessoas para mostrar quem aparenta ter uma vida mais fantástica.
Vemos nas redes pessoas postando fotos de comida, lugares, livros, animais, e uma infinidade de coisas, que antes eram vividas no privado.
Somos todos artistas com uma vida para "inglês ver", ou seja, uma vida de mentirinha.
Isso reflete traços emocionais e psicológicos profundos em cada um de nós, interferindo na nossa auto imagem, auto estima e também na forma como nos relacionamos.
Quando compartilhamos uma foto, um pensamento, um link, apresentamos fragmentos daquilo que desejamos que nos defina.
Hoje quem é introvertido que não gosta de se expor, que deseja, como nós há algum tempo atrás, proteger sua privacidade. É visto como uma pessoa doente, que não se adequa mais ao mundo.
Receber um comentário em um post, como também ser aceito em grupos virtuais estimula a auto estima e alivia a solidão momentaneamente, pois sempre queremos mais.
Consequentemente cria-se uma enorme angustia e ansiedade por likes e feedbacks.
Não é só narcisismo, como pensam alguns, é a carência e a necessidade de pertencimento.
A quantidade torna-se melhor que a qualidade, então os posts se multiplicam em segundos.
A adoração da imagem individual, não é só narcisismo ou necessidade de um momento, é existir para o mundo, "selfie, logo existo", essa frase se popularizou nas redes e é pura verdade, a palavra, selfie, aumentou sua popularidade em 17.000% em 2012 .
Recentemente em um acidente de caminhão, deixaram de socorrer a vítima para tirarem fotos do acidente em si, e isso acontece cada vez mais, com uma frequência enorme.
Em velórios de pessoas conhecidas acontece o mesmo, muitos param perto do caixão e tiram selfies, seria cômico se não fosse trágico.
As pessoas não querem interagir de verdade, o bom dia ao vizinho se tornou raro, a alegria real virou ficção.
O que de fato essas pessoas se habituaram é viverem em um conto de fadas, para garantirem suas migalhas diárias de "likes".
Como não constatar que vivemos na sociedade do espetáculo?