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terça-feira, 29 de agosto de 2017

Transtorno de Acumulação

A acumulação compulsiva ou acumulação patológica ou disposofobia, consiste na aquisição ou recolha ilimitada de bens ou objetos que, por vezes, já foram deitados pelos outros ao lixo. 
As pessoas que sofrem desta perturbação, maioritariamente idosos, acumulam tudo o que podem para mais tarde conseguirem dar uma resposta eficaz a uma eventual emergência. Além disso, são incapazes de usar ou deitar fora os objetos ou bens mesmo quando eles são inúteis, perigosos ou insalubres.
O acumulador compulsivo no seu extremo é por vezes apelidado de “colecionador de lixo”, uma vez que reúne determinados artigos que produzem maus cheiros e estes atraem insetos e roedores. Essa pessoa também poderá juntar livros, revistas, ferramentas, recipientes, metais, móveis, eletrodomésticos, entre outros materiais, correspondendo à imagem dos sem-abrigo que juntam todo o tipo de velharias. Também é de realçar que um acumulador compulsivo pode reunir um número exagerado de animais de estimação e, na maioria das vezes, não tem como os alimentar nem como os abrigar corretamente.
Para entender como os acumuladores compulsivos chegam a este ponto, é necessário perceber o funcionamento da desordem mental, tentando compreender que, para as pessoas afetadas, nenhum dos objetos recolhidos é lixo.
Trata-se de uma perturbação que é definida por três características principais:

  • - A coleção obsessiva de bens ou objetos que parecem inúteis para a maioria das pessoas
  • - A incapacidade de se livrar de qualquer um dos objetos ou bens recolhidos
  • - Um estado de aflição ou de perigo permanente
  • Tal como a maioria dos comportamentos obsessivos, a acumulação compulsiva começa de uma maneira lenta e desenvolve-se de uma forma progressiva. Por exemplo, uma pessoa pode pensar que a informação que surge no jornal de hoje pode ser muito útil num momento posterior e, como tal, vê-se obrigada a guardar o respetivo jornal. Posteriormente, pode considerar que, acidentalmente, colocou algo de valioso no lixo e mantém esse saco de lixo em casa. E a partir daí pode passar a colecionar todos os objetos ou animais que encontra na rua, de modo a atenuar os seus sintomas de ansiedade.

  • Existem determinados sinais que indicam que uma pessoa sofre de acumulação compulsiva. Dos mais importantes, destacam-se os seguintes:

      • - Recolher bens e objetos que as pessoas deixam fora e ser incapaz de se livrar deles
      • - Viver em condições insalubres
      • - Ser incapaz de usar as divisões da casa para a finalidade pretendida (cozinha para cozinhar, casa de banho/banheiro para cuidar da higiene pessoal, quarto para dormir)
      • - Ter muitos animais de estimação à sua responsabilidade e não estar a cuidar deles da melhor maneira
      • - Classificar objetos de valor como sucata ou lixo e amontoá-los em pilhas
      • - O acesso à casa estar bloqueado
      • Para o acumulador compulsivo não existe nenhum erro ou problema com o seu comportamento. No entanto, esse sintoma faz parte da doença.
      • Colecionar e acumular podem parecer semelhantes, mas existem características distintas entre acumuladores e colecionadores, que os diferenciam.
      • Colecionar envolve muitas vezes pesquisa focada e aquisição de itens específicos, ao menos do ponto de vista do colecionar, foram uma apreciação melhorada, compreensão aprofundada, ou valor sinergético aumentado, quando estão combinados com outros itens similares.
      •  Acumulação, em contrário, demonstra-se caótica/aleatória, e envolve adquirir em geral itens comuns que não devem ser especialmente significativos para a pessoa que está coletando tais itens em grandes quantidades.
      • É diagnosticado no Código Internacional de Doenças como F.42 Transtorno Obsessivo Compulsivo.

      terça-feira, 22 de agosto de 2017

      Auto estima feminina

      Ontem falei um pouquinho no Instagram (@silviac.rocha) sobre auto estima feminina e aqui deixo um breve resumo para minhas seguidoras.
      É importante dizer que a autoestima é o valor interno que atribuíamos a nós e não tem relação com o externo (físico), afinal se fosse dessa forma apenas as atrizes e modelos teriam uma boa autoestima. Realmente a mulher pode se sentir melhor estando bem arrumada, porém isso não significa ter autoestima, até porque uma mulher insegura pode ser extremamente vaidosa (medo de ser julgada pelos outros) enquanto outra pode sair de casa sem pentear os cabelos e ser super confiante (sou bonita de qualquer forma).
      Os sinais da baixa estima são muitos e podemos citar dentre eles: necessidade de aprovação (reconhecimento e agradar); dependência (financeira e emocional); insegurança (ciúmes) ; não se permite errar, perfeccionista; sentimento de não ser capaz de realizar nada; não acredita em si e em ninguém; dúvidas constantes, dúvida de seu próprio valor; depressão; ansiedade; inveja; medo; raiva; agressividade; comodismo; vergonha; dificuldade em crescer profissionalmente e sentimento de inferioridade.
      Não existem fórmulas mágicas, a única solução é o autoconhecimento, podemos comparar nossas vidas a um guarda-roupa bagunçado, onde é muito difícil encontrar uma roupa limpa (qualidades), por isso é preciso ver quais roupas precisam ser lavadas, quais não servem mais (se livrar das mágoas que apenas pesam e ocupam espaço em nossas vidas) e quais estão ali novinhas sem nunca terem sido usadas (potencial).
      Apesar de trabalhoso, o autoconhecimento nos permite ver as coisas com mais clareza, encontrando nossas qualidades, muitas vezes abafadas e anuladas por nós e pelos outros. O primeiro passo é querer a mudança, tendo dificuldades, não tenha vergonha de procurar um profissional. Seja feliz!

      Patologização dos pets e bebes reborn

      Hoje, mais do que nunca, o uso egoísta das posses levanta barreiras entre o real e a doença mental.
      Socialites aparecem em festas extravagantes, com seus pets muito bem cuidados e bonecas reborn vestidas com o mesmo luxo de suas "mães", gastos patológicos com luxos para animais de estimação, ou com enxovais caríssimos para bebes reborn.
      Essas pessoas sempre tem um argumento quando perguntamos, ou basta olharmos de forma critica para elas, que as mesmas já usam de longos discursos para justificar seus comportamentos.
      Referem quando no caso de animais, que o governo é que deve cuidar de crianças pobres sem lar, elas preferem a fidelidade dos bichos, e haja festa de aniversário, roupas, dentista, rações especiais, casinha, caminha, aparelhos para exercitá-los e uma infinidades de tranqueiras.
      Interessante que há alguns anos atrás, não existia tantos aparatos para deixarem felizes nossos animais de estimação.
      Nós criávamos com muito amor nossos animais, sem precisar de tanto aparato luxuoso, e eles eram felizes conosco assim, como eramos com eles.
      O veterinário nos auxiliava quando o pobre bichinho estava doente, e era só.
       Hoje existe hotéis, colônia de férias e uma infinidade de caprichos, alguns já referidos acima.
      E eu me pergunto, essa carência podia ser canalizada de melhor forma?
      Com isso deixo claro aqui que sou contra a maus tratos com os animais, mas tudo demais, já se dizia, é demasia.
      Quanto aos bebês reborn, certa vez assisti a uma matéria em um telejornal que me deixou intrigada, mulheres que compravam enxovais luxuosíssimos que trocavam anualmente esses bonecos ou bonecas para parecer que estavam crescendo, faziam festas de aniversário, preparavam um quarto acrescido de tudo que uma criança humana poderia usar, desde fraldas até brinquedos.
      Saiam para passear com as mesmas, conversavam com elas, fingiam dar-lhes comida, etc...
      O que me fez lembrar minha época de criança quando fazíamos com nossas bonecas, passeávamos, conversávamos e brincávamos. Éramos crianças.
      Na entrevista em questão, uma dessas mães de reborn, diz que é a mesma coisa de ter uma criança, embora o custo seja bem mais caro, mas ela se sentia feliz e tinha um grupo de amigas que partilhavam da mesma idéia, saiam juntas com seus filhos reborn.
      A entrevistada continuou explicando que sofria muitas criticas, principalmente na hora de trocar a fralda do bebe em questão (?), pois muitas mães de crianças humanas se chocavam ao ver elas gastarem talco, lenços umedecidos, e fraldas que mesmo limpas iam para o lixo, pois quando a dona (mãe) da boneca achava que ela estava suja de xixi ou fezes imaginárias, iam ao fraldário para trocá-las.
      Onde quero chegar com tudo isso?
      Em primeiro lugar, quero levar meus leitores a refletirem quanto a falta de maturidade e extrema carência que a maioria da população tem vivido.
      Pois custa-me a crer, que uma mulher adulta, precise brincar de bonecas mascarando isso com um novo nome "REBORN".
      Vale salientar que a industria dessas bonecas cresce e lucra a cada dia, não há recessão para as mesmas, assim como o mercado dos PETS.
      Em segundo lugar, quanto aos animais, deixo a reflexão : o que minha carência procura quando tento transformar animal em ser humano.  
      Enfim, acredito que o longo post, teve o objetivo de abordar mais alguns hábitos de nossa vida moderna, assim como a depressão apresenta-se como a doença do século, esses comportamentos podem ser vistos como fugas das dores modernas.