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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Falando de psicologia e da alta

A Psicologia atua em várias áreas do comportamento humano: educação, clínica, hospital, comunidades, sociedade, esportes, empresas, ONGs, e outras. A Psicologia é regulamentada pelo Conselho Federal de Psicologia - CFP .
Costumam perguntar a diferença entre psiquiatra, psicanalista e psicólogo.
O psiquiatra é médico com residência em psiquiatria (ramo que estuda as doenças mentais e medicamentos).
O psicanalista é pessoa de qualquer curso superior que se forma psicanalista didata por uma associação de psicanálise credenciada.
O psicólogo é licenciado e bacharel em Psicologia, e tem o número de inscrição no CRP (regional). Outra dúvida é: em sendo psicólogo, qual a linha? A linha é o método que o profissional segue: comportamental cognitiva, análise funcional do comportamento, psicanálise de Freud, Lacan, Jung, Reich, fenomenologia , gestalt, análise transacional, multi modal, psicodrama, e outras. Todas confiáveis, desde que a pessoa tenha o título das associações ou universidades formadoras.
É importante o profissional fazer atualizações em sua área, cumprir seus compromissos com as associações, participar de eventos profissionais, manter relacionamento com pessoal da saúde.
O método depende do sistema de crenças do psicólogo, e subentende um pensamento organizado em relação aos objetivos, ética, estrutura e estratégias do tratamento. Também é desejável que o psicoterapeuta psicólogo faça sua terapia pessoal.
Clínica é o ramo da psicologia da saúde que cuida da pessoa ou grupo de pessoas com o objetivo de auxiliá-la no autoconhecimento, e assim eliminar algumas queixas, encarando o indivíduo como um todo que funciona e se comporta.

O psicólogo clínico utiliza instrumentos validados só para psicólogos : entrevistas, observações, histórico de vida, testes (em psicodiagnóstico, orientação profissional, a pedido médico, ou quando a situação exige). O objetivo principal do tratamento clínico é que a pessoa resolva aquilo que necessitava ao buscar tratamento.
O alívio de sintomas relatados na primeira consulta, ocorre de forma branda, e é diferente do objetivo geral do tratamento. Chama-se a esta fase de contrôle social.
A alta é conjeturada por qualquer das partes quando o paciente apresenta-se sem sintomas há pelo menos seis meses, e tendo resolvido questões básicas do seu eu .
Há pessoas que buscam o tratamento por depressão, ansiedade, sintomas psicossomáticos, problemas de relacionamento, profissionais, ou são indicados por cardiologistas, imunologistas, endocrinologistas, etc. Outros são encaminhados por educadores, professores, pais, amigos. Alguns buscam psicoterapia somente para auto conhecimento, e também nestes casos percebe-se frequentemente a busca de alívio, ou seja, a busca por uma melhor qualidade de vida.
Parece claro então que o objetivo de todos é se sentir bem, dentro daquilo que é saudável para cada um. A normalidade é um conceito questionável.
O 'normal' confunde-se com o 'comum'. A normalidade é um conceito de bem estar, subjetivo e cultural.
De ponto de vista objetivo, a pessoa é considerada saudável quando produz, é flexível, relaciona-se e se cuida.
Por isto, na alta psicológica, há que se buscar satisfazer todos estes conceitos.
Importante para o profissional utilizar uma medida objetiva no início de tratamento para ser reaplicada a cada seis meses, assim não perde o foco.
Como acesso à compreensão da pessoa costumam-se procurar sinais : palavra, expressão facial, postura, tom de voz, lapsos, tudo que acontece no relacionamento psicólogo - paciente a fim do psicólogo clínico e/ou psicoterapeuta psicólogo - ter condições para compreender e atuar.
Quando é oportuno e eficaz, as pessoas fazem um seminário, oficina ou curso, em grupo, durante o tratamento ou no final, para autoconhecimento.É importante às vezes que haja contato entre psicólogo e algum (s) membro(s) da família, médicos do paciente, para auxiliar no processo, sempre com permissão do consultado.
A alta psicológica, é um assunto delicado no meio, observo que muitos colegas resistem a empregá-la, muitas vezes forçando o cliente a simplesmente desistir do tratamento, uns justificam a impossibilidade de alta devido a possíveis "recaídas", outros dizem que os clientes que tratam tem dificuldade de desfazer o vínculo terapêutico.
Muito louvável tais justificativas, mas na prática não funcionam, o que acontece , na verdade é que muitos colegas "prendem" o cliente, por estarem atendendo a poucos.
Não compactuo com essa prática, estou clinicando há algum tempo e já dei alta sim, apesar das críticas dos colegas, quando percebo que o cliente pode "andar pelas próprias pernas", dou alta, claro que o preparo antes, isso ao invés de diminuir minha clientela, como acontece com os demais, tem aumentado, há a percepção da honestidade, e essa prática é a melhor propaganda.
Para que a alta se dê, é necessário o que foi exposto acima, e muitas vezes não espero seis meses para ter a "leitura" de que o cliente está apto a se independer.
Acredito que é com honestidade, que conseguimos fazer um "nome" de respeito.

2 comentários:

Hiroshi disse...

Interessante o fato de você dizer que há profissionais que "seguram" seus pacientes como forma de manter o sustento financeiro. São coisas que não se aprendem em sala de aula...

Anônimo disse...

Feliz Natal para você e para os que lhe são queridos. Abraço.