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sábado, 25 de setembro de 2010

Relacionamento Interpessoal na área da saúde

Em uma relação cooperativa, ambos os lados saem satisfeitos.É o formato ideal e almejado por todos, porém exigem pessoas empáticas e maduras o suficiente para entender que nem sempre será feita apenas a sua própria vontade, que há de haver busca pelo consenso.
Quando há negociações produtivas, as soluções acordadas são de soma ampliada, de modo que as partes entendem que conseguiram um resultado melhor do que se o tivessem feito sozinhos.

* Competir ou Cooperar:

- A palavra menos importante:EU
- A palavra mais importante: Nós
- As duas palavras mais importantes:Muito Obrigado
- As três palavras mais importantes:Tudo é perdoável
- As quatro palavras mais importantes:Qual é a sua opinião?
- As cinco palavras mais importantes:Você fez um ótimo trabalho.
- As seis palavras mais importantes:Desejo compreendê-lo com mais exatidão.

A comunicação interpessoal consiste na capacidade de se comunicar de forma adequada, além de pré-condição para o sucesso da comunicação, traz a necessidade de conhecer a si próprio e o outro.
A comunicação não-verbal envolve postura, gestos expressão facial, inflexão de voz, seqüencia, ritmo e cadência das próprias palavras, e qualquer outra manifestação não-verbal de que o organismo seja capaz. As vocalizações, os movimentos intencionais, e os sinais de humor dos animais são comunicações analógicas pelas quais eles definem a natureza de suas relações.
É por meio da comunicação vivenciada pelo profissional de saúde pode definir metas, objetivos a serem atingidos, para ajudá-lo a sentir-se como ser humano digno e pessoa capaz de encontrar soluções para seus problemas.
A aparência do profissional de saúde influencia a percepção do paciente quanto aos cuidados recebidos, cada paciente tem uma imagem pré- estabelecida de como o profissional de saúde deverá se apresentar.
A comunicação terapêutica consiste na habilidade do profissional em usar seus conhecimentos sobre comunicação para ajudar o paciente com a tensão temporária, a conviver com outras pessoas e ajustar-se ao que não pode ser mudado e a superar seus problemas.
O profissional precisa ter auto-conhecimento, percepção, habilidade e flexibilidade em lidar com situações diferentes, capacidade criativa para solucionar problemas.
A valorização do ser humano, a preocupação com sentimentos e emoções, e com a qualidade de vida são fatores que fazem a diferença. O trabalho é a forma como o homem, por um lado, interage e transforma o meio ambiente, assegurando a sobrevivência, e por outro, estabelece relações interpessoais, que teoricamente, serviriam para reforçar a sua identidade e o senso de contribuição.

* Príncipio dos Cinco "S":
- Utilização
- Ordenação
- Limpeza
- Saúde
- Auto disciplina

* Bom senso na hora de se vestir, o que evitar no ambiente de trabalho:
- Barriga de fora
- Sapatos de salto altíssimos
- Chinelos
- Unhas muito compridas
- Excesso de bijouterias ou jóias
- Decotes e roupas curtas
- Roupas desportivas
- Perfumes fortes
- Roupas transparentes

Não confunda amizade com intimidade, em momento algum trate mal seus colegas usando palavras de baixo calão, forjando brincadeiras de "mal gosto", principalmente se houver algum paciente/usuário próximo, lembre-se de que você está no seu ambiente de trabalho e, é a imagem de todo o serviço que se denigrirá devido a uma "brincadeira" ou atitude grosseira.Não esquecendo também que o não comparecimento ao trabalho, influencia a qualidade do mesmo no
sentido de que se você falta, sobrecarrega o colega.
Deve-se ficar atento as afinidades no ambiente de trabalho, estas acontecem em qualquer nível hierárquico, quando isso acontece entre profissionais do mesmo nível hierárquico, é preciso dosar as relações no trabalho, para não formar as famosas panelinhas.
O assédio moral, assunto que já foi abordado nesse blog, caracteriza-se por toda conduta abusiva que se manifesta notadamente por comportamentos, palavras, atos , gestos, que podem causar danos à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psiquíca de uma pessoa, colocando em risco o emprego desta ou degradando o clima de trabalho.
A violência e o assédio nas organizações, nascem do encontro entre a inveja do poder e a perversidade.
O profissional deve ter cuidado para não humilhar o paciente/ usuário, com desatenção ou palavras/ gestos rudes, e estar atento a forma de tratar outros colegas,com brincadeiras de mal gosto.

* Violência Psicológica no Trabalho:

- Ter o trabalho desqualificado frente aos colegas
- Virar alvo de piadas por causa do modo de vestir ou falar
- Ouvir frases do tipo: "Lugar de doente é no hospital, aqui é para trabalhar".
- Ser impedido de se expressar e dar opinião
- Passar a executar atividades inferiores à sua capacidade
- Receber ordens confusas e contraditórias
- Trabalhar fora do horário de expediente sem hora extra
- Ficar sobrecarregado de atividades e ter prazo mínimo para entregá-las
- Não ser cumprimentado ou sr ignorado
- Ter o material básico para execução de suas tarefas retirado
- Ser ameaçado constantemente de demissão

Isso exposto, concluímos que, a humanização no serviço de saúde reflete uma nova postura profissional, que desmistifica aquela imagem do servidor público sisudo, desinteressado, que age burocraticamente,dificultando o acesso do usuário a serviços dignos de saúde.

sábado, 18 de setembro de 2010

Orientações para condução, em ambulâncias, de portadores de transtornos mentais em agitação psicomotora



1. Controle da agitação:
• sedação: sedação leve, pode ser utilizado haloperidol (01 ampola) + prometazina (01
ampola) por via intramuscular ou outros medicamentos a critério médico. Aguardar tranquilização antes de colocar o usuário em ambulância. .

Esclarecemos que o estado de sedação compromete a avaliação psiquiátrica.
• contenção mecânica: se necessário devem ser usadas faixas apropriadas, o usuário
deve ser contido em maca, em posição confortável e sob supervisão técnica.

2. Orientações gerais:
• o usuário deve vir acompanhado pela família ou responsável que saiba informar
• deve ser conduzido em ambulância devidamente higienizado
• deve trazer:
- documentos pessoais (RG) .
- atestados médicos anteriores, sumários de altas (se já esteve internado),
- medicamentos em uso.

3. Sempre que necessário fazer contato com o Serviço de Emergência Psiquiátrica.

sábado, 11 de setembro de 2010

Drogas Psicotrópicas: uso e efeitos

O termo droog significa folha seca, são substâncias que produzem alterações nas sensações, no grau de consciência e no estado emocional da pessoa que utiliza.
Os fatores que desencadeiam o uso podem ser biológicos, história de vida, grupo de amigos.
As drogas classificam-se em:
-Depressoras,
- Estimulantes
- Perturbadoras
Existem as que diminuem a atividade mental, fazendo o cérebro funcionar lentamente, são conhecidos como tranquilizantes. Ex: diazepan, álcool, cola, heroína.
As que estimulam atividade cerebral, como tabaco,anfetamina, cocaína e crack.
As que alteram a percepção, como maconha e ectasy.
Na adolescência, o uso é associado a curiosidade, transgressão, desinibição, identidade de grupo, diminuição da ansiedade, entre outros.
Seu uso pode ocorrer devido ao fato do adolescente buscar aproximação com o mundo adulto, sensações diferentes e prazerosas, busca de autonomia ligada a comportamentos de alto risco, e como já citado, influência de grupos.
No que se refere às causas do uso de drogas na adolescência, não se conhece um único determinante ou causador do uso, abuso ou dependência de drogas, mas é possível afirmar que existem situações de vida que favorecem o seu uso indevido.
Podemos falar de fatores de risco, que aumentam a possibilidade do uso de drogas, e fatores de proteção, que dificultam o uso, presentes no sujeito, na família, na escola, entre os pares e na comunidade.
Fatores que aumentam a vulnerabilidade:
-Estresse
- Ansiedade
- Pressão dos amigos
- Comportamentos de Risco
- Problemas Familiares/ Sociais
- Abandono escolar
- Falta de outros prazeres
- Transtorno Psiquiátrico

Fatores de Proteção:
-Diálogo Familiar / Escolar
- Ambiente social favorável
- Atividade Física
- Orientação sobre drogas
- Diversidade de prazeres

Segundo o Código Internacional de Doenças (CID - 10), dependência é definida como um conjunto de fenômenos fisiológicos ou comportamentais e cognitivos no qual o uso de uma substância ou de uma classe de substâncias, alcança uma prioridade muito maior para um determinado indivíduo que outros comportamentos que antes tinham maior valor.
Uma característica descritiva central da síndrome de dependência é o forte desejo de consumir drogas psicoativas. Pode haver evidência de que o retorno ao uso da substância após um período de abstinência leve a um reaparecimento mais rápido da síndrome do que o que ocorre com outros indivíduos não dependentes.
* Sete sinais da dependência:
- Forte desejo de usar a droga/dificuldade de controlar o uso
- Persistência no uso, apesar das consequências nocivas
- Prioridade ao uso de droga, abandono progressivo de outros prazeres e interesses
- Tolerância aumentada
- Síndrome de Abstinência
- Alívio dos sintomas após o uso da droga
- Retorno ao mesmo padrão de ingestão após período de abstinência.

sábado, 4 de setembro de 2010

O que é Desistitucionalização

A instituição tem como função orientação e regulação global, objetiva manter um estado, fazê-lo durar e assegurar a sua transmissão, pronuncia interdições estruturantes, necessárias a existência sda sociedade.
Segundo Goffman,a intituição total apaga as marcas singulares dos sujeitos e segrega a sociedade.
A institucionalização hospitalar deixa os sujeitos submetidos aos dispositivos institucionais, o que leva a alienação, perda de autonomia, baixa ou nula contratualidade.
Alguns dispositivos para a dsesistituxcionalização são:
- Altas hospitalares
- Redução de Leitos
- Fechamento de Hospitais
- Instalação de Rede substitutiva
O que leva a um processo singular envolvendo pacientes, familiares,equipes e território e, coletivo no que diz respeito a políticas públicas e rede social .Para isso requer uma atitude de escuta e, principalmente aceitação do outro, sem preconceitos ou vínculos transferênciais.
Salientando que transferência nesse sentido, seria identificar o que o discurso do outro me mobiliza, o que o outro demanda de mim e em que lugar o outro me poe.
O processo de desistitucionalização é uma construção permanente a ser feita a partir da escuta dos pacientes, da reflexão sistemática das equipes e das possibilidades do território.