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quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

A Família como Instituição


Família é a organização de pessoas com laços consanguíneos ou por afinidade, que compartilham o mesmo local de moradia, ou se sentem afetivamente "ligados" uns aos outros.
Não é um fenômeno natural, é uma constituição social que varia através da história, apresentando formas, e finalidades diversas,numa mesma época e lugar,conforme o grupo social.
Não pode ser conceituada, pois não é possível defini-la em termos de elementos comuns a todas as formas com que se apresenta nos diversos agrupamentos humanos.
A família nuclear é composta de pais e filhos, a monoparentais ou uniparentais composta de uma pessoa só.
Espera-se que a família desenvolva algumas funções, tais como:
  • Biológica: Seria responsável pela reprodução e sobrevivência.

  • Psicossociais: Nutrição afetiva,ou seja, educar, proteger, servir de "continente" para as ansiedades existênciais.Promove a função de estruturas básicas da personalidade e identidade.

  • Básica: Defesa da vida e ensino-aprendizagem, ou seja,cuidado físico, ensinar a linguagem,manutenção das relações familiares, realizar atividades produtivas e recreativas, criar e estimular as relações sociais e afetivas com avós, tios, amigos, etc...
A subjetividade é construída a partir das relações dos indivíduos entre si e consigo mesmo,e se dá na cultura, modifica-se ao longo do processo sócio-histórico.E a família torna-se o principal mediador da cultura.
O vínculo primordial com a mãe e a socialização primária são ao mesmo tempo, transmissores e geradores da cultura.
As mudanças na família sempre ocorreram, até os anos cinquenta os papéis eram definidos por sexo, idade e posição,o certo e errado eram conceitos pré - estabelecidos,após essa data,com a queda das certezas defendidas pela razão da modernidade, o núcleo familiar passa por modificações,e a tecnologia substitui o real invadindo o cotidiano, surgem dúvidas e a sensação de desamparo, devido a queda de antigos paradigmas.
Depois dos anos sessenta, os indivíduos apoiam-se numa maneira pessoal de sentir e comportar-se, o conceito de certo e errado que figurava até os anos cinquenta passa a ser relativo, diferenças individuais passam a ser mais importantes do que as diferenças impostas pelo sexo, idade e posição de cada ser humano, a identidade apoia-se na maneira pessoal de se comportar, focalizando a igualdade homem/mulher.
As família que no século passado ainda eram grandes, diminuem devido a ideais feministas, revolução sexual, uso de anticoncepcionais, dificuldades econômicas,produções independentes,ou abandono de uma das figuras parentais,barrigas de aluguel,etc...
Hoje podemos observar que as famílias não possuem apenas mãe, pai e filhos, mas também, filhos de um relacionamento anterior,filhos do genro, cunhados, sobrinhos, enfim há uma miscigenação, uma família plural, de vários sujeitos, com várias histórias e origens, que se influenciam mutuamente.
A capacidade de assegurar bem estar é dificultada por condições econômicas, os pais precisam trabalhar, e com isso delega-se a outras instituições, como a escola por exemplo, o suporte substituto da vida afetiva e emocional.
Mas também a televisão e a internet se tornam substitutos dos pais,o que é pior, visto que introduzem nas crianças conceitos nem sempre úteis e saudáveis.
Assim a família vai migrando e transformando-se para se adequar as necessidades de seus componentes, outras mudanças já começam, tênues, mas imprescindíveis a futuras gerações.

Um comentário:

Unknown disse...

Olá Silvinha!
Voc~e tem razão nas observações referente as migrações nas famílias.
Relacinamentos novos com novos companheiros e a junção dos filhos das antigas uniões.
Mesmo que minha opinião de nada sirva pra mudar alguma coisa, não sou a favor dessa micelânia.
Acho que o referencial da família sagrada. aquela que é sólida vai deixando de ser importante.
Sinto a banalização da família justamente pela facilidade dessas uniões que ao meu ver atrapalha muito nossos filhos e acaba prejudicando muitos conceitos que ao longo desses anos foram deixados de serem importantes.
A família é constituida desde o começo do Mundo por pai, mãe e filhos!
Deixando de ser desta maneira e da agregação de filhos de relacionamentos passados, penso que não se forma uma família, mas um grupo de pessoas com o mesmo fim.
Abraços,
Sônia