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domingo, 26 de maio de 2019

Depressão na Mulher



Há dois principais tipos de depressão: a endógena, causada por fatores internos, como falta de lítio ou disfunções hormonais, e exógena, por fatores externos, como desemprego. A doença aumentou entre mulheres porque boa parte são depressões provocadas pela vivência emocional dela e pelo ambiente. A mulher leva uma vida muito dura, é muito maltratada como categoria humana. Logo, sente mais infelicidade.
Depressão é mais comum em mulheres do que em homens
Segundo a ONU, as estatísticas apontam para perfis diferentes de causas para doenças psiquiátricas em homens e mulheres.
O sofrimento psíquico feminino é causado sobretudo por questões circunstanciais da vida das mulheres, como dependência econômica, exaustão, medo, sobrecarga de trabalho e violência doméstica e civil.

Autoestima feminina: 

O que mais pesa é o valor social do homem, que a mulher não tem. Ela ainda é desvalorizada, especialmente para as criadas com uma dependência afetiva de um companheiro, a violência doméstica é um grande fator de depressão da mulher. A violência psicológica é uma desvalorização construída socialmente.

Não precisa ir longe: brincadeiras como “lugar de mulher é na cozinha” interferem na autoestima feminina.
Embora mulheres sejam mais abertas para falar de seus sintomas e isso facilite diagnósticos, faltam treinamento e preparo aos profissionais de saúde da mulher.
Ser bem tratada no parto, por exemplo, faz toda a diferença. É comum uma depressão pós-parto ser ‘diagnosticada’ como uma má mãe, que não gosta do seu filho.
O esforço contra a depressão deve ser contínuo. Toda política pública que atenda a saúde da mulher de forma integral de alguma forma ataca a depressão também.

Quais os sintomas de depressão na mulher?

De início insidioso, a depressão evolui continuamente para quadros que variam de intensidade e duração se não for tratada. Geralmente, os sintomas duram pelo menos duas semanas provocando prejuízos na vida social, familiar e ocupacional.
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Os sintomas de depressão nas mulheres incluem:
  • Sentimentos de tristeza persistente, ansiedade e “vazio”
  • Perda de interesse ou prazer em atividades comuns
  • Nervosismo, inquietação, irritabilidade, choro fácil
  • Sentimentos de culpa, inutilidade, falta de esperança, pessimismo
  • Excesso de sono ou ausência de sono
  • Perda de energia, fadiga
  • Baixa auto-estima
  • Perda da libido
  • Pensamentos recorrentes em morte ou suicídio ou tentativas de suicídio
  • Dificuldade de concentração, de memorização ou para tomar decisões
  • Sintomas físicos persistentes que não respondem ao tratamento, como dores de cabeça, desordens digestivas, dores crônicas
Por que a depressão é mais comum em mulheres do que nos homens?

Antes da adolescência, a prevalência de depressão é a mesma em meninas e meninos. Entretanto, com a chegada desta fase da vida, o risco das garotas desenvolverem depressão aumenta duas vezes mais que o dos garotos.
Alguns especialistas acreditam que mudanças hormonais estão relacionadas a este risco aumentado.
Estas mudanças são evidentes durante a puberdade, gravidez e menopausa assim como no pós-parto, histerectomia ou aborto.
Além disso, as flutuações hormonais que ocorrem a cada ciclo menstrual provavelmente contribuem para a síndrome pré-menstrual ou TPM. 
Há também a doença disfórica pré-menstrual ou DDPM, um tipo severo de TPM especialmente reconhecido por depressão, ansiedade, mudanças de humor cíclicas e letargia.

O que aumenta as chances de uma mulher ter depressão?


De acordo com o National Institutes of Health os fatores que aumentam o risco de uma mulher ter depressão incluem fatores genéticos, biológicos, reprodutivos, interpessoais e características psicológicas e de personalidade.
Além disso, as mulheres que intercalam o trabalho com o cuidado com seus filhos ou as mães solteiras sofrem mais de estresse que pode desencadear a depressão.

Outros fatores incluem:
  • História familiar de alterações do humor
  • História de desordens do humor na adolescência
  • Perda de um dos pais antes dos 10 anos de idade
  • Perda de apoio social ou ameaça de tal perda
  • Estresse psicológico ou social, como perda de emprego, relacionamento estressante, separação ou divórcio
  • Abuso sexual ou físico durante a infância
  • Uso de certos tratamentos para infertilidade
  • Uso de alguns contraceptivos orais
  • Mulheres podem apresentar depressão logo após terem um bebê, a chamada depressão pós-parto
  • Certas alterações afetivas sazonais, mais comuns no inverno
  • Transtorno bipolar, pois a depressão é uma parte da doença bipolar
A depressão pode ser familiar?

 A depressão pode estar presente nas famílias. Quando isso acontece, ela geralmente começa nas idades entre 15 e 30 anos. Um traço familiar de depressão é muito mais comum em mulheres do que nos homens.

Qual a diferença da depressão em mulheres e homens?


A depressão feminina difere da masculina de várias maneiras:
  • Depressão em mulheres pode ocorrer cedo, durar mais tempo, apresentar mais recorrência, ser mais associada a eventos estressantes da vida e ser mais sensível a mudanças sazonais.
  • As mulheres experimentam mais os sentimentos de culpa e têm mais tendência ao suicídio, embora atualmente elas cometam menos suicídio que os homens.
  • A depressão feminina é mais associada a desordens de ansiedade, como sintomas de pânico ou fobias e desordens alimentares.
  • Mulheres deprimidas tem maior tendência a abusar do álcool e outras drogas.
Como a  tensão pré - menstrual (TPM) e a desordem disfórica pré-menstrual (DDPM) se relacionam com a depressão?

Três em cada quatro mulheres que menstruam têm TPM.
Ela é caracterizada por sintomas emocionais e físicos que variam de intensidade de um ciclo menstrual para o outro. Mulheres com 20 a 30 anos são usualmente afetadas pela TPM.
Cerca de 3 a 5% das mulheres que menstruam têm DDPM, um tipo severo de TPM, marcada por sintomas emocionais e físicos muito fortes que antecedem em cerca de 10 dias o início da menstruação.
Na última década, estas condições foram reconhecidas como importante causa de desconforto e mudanças de comportamento em mulheres. 
Enquanto a relação entre TPM, DDPM e depressão permanece sem ser esclarecida, acredita-se que mudanças químicas no cérebro e flutuação dos níveis hormonais sejam fatores que contribuem para tal associação.
Muitas mulheres que sofrem de depressão associada à TPM ou DDPM melhoram com exercícios físicos e meditação.
Para aquelas com sintomas severos, psicoterapia individual ou de grupo, medicamentos e manejo do estresse podem ajudar.

A
prevalência de depressão aumenta na meia-idade?


A perimenopausa é o estágio da vida reprodutiva da mulher que começa oito a dez anos antes da menopausa e dura até o início desta.
Neste período, os ovários começam a produzir gradualmente menos estrogênio e, na menopausa, param de produzir óvulos.
A menopausa é o período que a mulher para de menstruar e aparecem os sintomas decorrentes da queda de estrogênio. 
Por definição, uma mulher está na menopausa quando para de menstruar por um ano. Isto é uma parte normal da vida e marca o fim da vida reprodutiva da mulher. 
Tipicamente ela ocorre em mulheres na 4° ou 5° década de vida. 
Entretanto, aquelas mulheres que tiveram os ovários removidos cirurgicamente passam por uma menopausa repentina.
Esta queda de estrogênio desencadeia mudanças físicas e emocionais como depressão, ansiedade e alterações de memória.
Como em qualquer outra fase da vida da mulher, há uma relação entre os níveis hormonais e os sintomas físicos e emocionais. Algumas mudanças físicas incluem ciclos menstruais irregulares, ciclos mais intensos ou mais leves e ondas de calor.

Como lidar melhor com os
sintomas da depressão?
  • Evite tranquilizantes. Use-os se for extremamente necessário e somente com a prescrição de um médico.
  • Mantenha uma dieta saudável.
  • Faça exercícios regularmente.
  • Engaje-se em algum projeto ou hobby que promova um sentido de realização à sua vida.
  • Encontre uma prática de auto-controle – como ioga, meditação, técnicas de relaxamento por respiração lenta e profunda.
  • Tenha boas noites de sono, mantenha seu quarto arejado e confortável.
  • Procure apoio emocional com familiares, amigos ou profissionais.
  • Mantenha-se conectado com sua família.
  • Consolide seus laços de amizade.
  • Participe de algum trabalho comunitário.
  • Tome medicamentos, vitaminas e minerais como prescritos pelo seu médico.
Caso você não consiga fazer isto sozinha, procure a ajuda de familiares, amigos ou profissionais especializados nos cuidados de saúde mental.

Como a depressão é tratada em mulheres?


Há uma variedade de métodos usados para tratar a depressão, incluindo medicações como antidepressivos e psicoterapia. 
A terapia familiar pode ajudar caso o estresse vivenciado na família contribua para a depressão. 
O seu psicólogo ou psiquiatra pode determinar qual é o melhor tratamento a ser seguido.

Qual profissional pode me ajudar no manejo da minha depressão?


Como já mencionado os mais procurados são os especialistas em saúde mental como psiquiatras e psicólogos.
Mas outros profissionais podem orientá-la como clínicos gerais.
Existem centros comunitários que auxiliam pessoas com depressão, serviços universitários, programas de saúde mental em escolas médicas e clínicas particulares que podem ajudar pessoas deprimidas ou seus familiares.

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