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sexta-feira, 22 de maio de 2015

Depressão Maior F.33.3



Os sintomas mais evidentes da depressão major são um estado grave e persistente de abatimento, uma tristeza profunda ou um sentimento de angústia e desespero. O estado de espírito pode frequentemente assemelhar-se a irritabilidade. Por outro lado, o indivíduo que esteja a sofrer de uma depressão grave é incapaz de obter prazer em atividades que, em circunstâncias normais,lhe seriam agradáveis.
A depressão major é muito mais do que um estado de melancolia passageiro, um dia mau ou um período de tristeza temporário que “logo passa”. As mudanças de humor que ocorrem na sequência de uma depressão deste tipo duram no mínimo duas semanas, mas normalmente prolongam-se durante muito mais tempo, meses ou mesmo anos.
As alterações de humor são normalmente acompanhadas por diversos sintomas, os quais podem variar de forma significativa de pessoa para pessoa.
Uma característica comum a muitas pessoas que sofrem de depressão é o fato de sofrerem também de ansiedade: preocupam-se mais do que o normal com o seu estado de saúde, os seus relacionamentos interpessoais muitas vezes são marcados por um quadro de conflituosidade e o seu desempenho profissional é afetado; também a sua sexualidade pode ser afetada e vir a tornar-se um problema adicional. Por todos estes fatores, as pessoas com depressão estão em risco acrescido de abuso de álcool ou de outras substâncias.
A depressão provavelmente envolve alterações nas zonas do cérebro que controlam o humor/estado de espírito. Esta é uma área que os neurocientistas continuam a pesquisar ativamente, mas parecem existir várias localizações específicas no cérebro onde as perturbações podem ocorrer. Por um lado, podem existir anomalias nas reacções químicas no interior dos neurônios. Por outro, pode ser difícil para o doente regular a sua disposição devido a alterações na comunicação ao nível dos circuitos nervosos de interligação entre os neurónios. Determinadas alterações hormonais podem também desempenhar um papel importante. A experiência de vida individual influencia estes processos e a forma como cada doente lhes reage e, por fim, é quase certo que existem fatores de ordem genética que tornam certas pessoas mais vulneráveis à ocorrência dos episódios acima referidos.
Um episódio de depressão pode ser disparado por um acontecimento estressante na vida do doente, como por exemplo a perda de um ente querido. Todavia, em muitos casos a depressão não surge como reação a qualquer evento específico.
Uma depressão major tanto pode ocorrer uma única vez durante a vida, como pode ter um caráter recorrente. Parte das pessoas que sofrem de uma depressão recorrente vivem numa situação em que apresentam de forma basal um estado depressivo mais ligeiro designado por distimia.
Nalgumas pessoas que sofrem episódios de depressão major também se verifica a ocorrência de períodos de irritabilidade e de excesso de energia/vitalidade. Podem dormir muito menos do que o normal e imaginar planos de tal forma ambiciosos e grandiosos que nunca serão exequíveis. O doente pode desenvolver um padrão de pensamento defasado da realidade – sintomas psicóticos – consubstanciado em crenças falsas (delírios) ou percepções alteradas da realidade (alucinações). Na sua forma mais grave esta situação é designada por “mania” ou episódio maníaco. Denomina-se “hipomania” ou episódio hipomaníaco o caso em que um indivíduo apresenta manifestações moderadas de mania, mas que não o fazem perder o contacto com a realidade.
Quando uma mulher sofre um episódio de depressão major no período de dois ou três meses após o parto, estamos perante uma situação de depressão pós-parto. Já ao tipo de depressão que tende a ocorrer sobretudo durante os meses de Inverno dá-se a designação de perturbação afectiva com padrão sazonal.
Os episódios de depressão podem ocorrer em qualquer idade e são duas vezes mais diagnosticados em mulheres do que em homens. As pessoas que têm um familiar próximo com depressão major estão mais sujeitas a desenvolver elas próprias depressão ou alcoolismo.
Manifestações clínicas:
Uma pessoa deprimida pode, entre outras manifestações, perder ou ganhar peso, comer bastante menos ou bastante mais do que o habitual, ter dificuldades de concentração e apresentar perturbações do sono, que podem resultar em insónia ou hipersônia (necessidade de dormir muito mais do que o normal). Existe fadiga e falta de energia para qualquer atividade, seja ela de trabalho ou de lazer. Mesmo as menores dificuldades ou obstáculos parecem-lhe impossíveis de ultrapassar e tanto pode parecer lenta e abúlica, como agitada e irrequieta. Estas manifestações podem ser bastante evidentes para as pessoas que rodeiam o doente.
Um sintoma particularmente pungente nesta doença é o profundo sentimento de culpa e de inutilidade que o doente carrega: culpa-se a si próprio não só pela ocorrência de qualquer evento mais ou menos traumático na sua vida, como também sofre com um sentimento de culpa generalizado, mesmo que não esteja relacionado com nenhuma situação em particular.
Se toda esta dor e autocrítica forem persistentes, podem acumular-se ao ponto de conduzir o doente a sentimentos de incapacidade e desespero, que resultarão num comportamento autodestrutivo e em pensamentos de morte e suicídio. A grande maioria das pessoas com depressão grave não cometem nem tentam cometer suicídio, mas estão mais inclinadas a fazê-lo do que as pessoas que não se encontram deprimidas.
O pensamento das pessoas com depressão grave está permanentemente afectado pelo seu estado de espírito sombrio, pelo que é comum o indivíduo ter uma visão muito mais pessimista da situação do que a realidade justificaria. Por vezes a forma de pensar do deprimido é suficientemente distorcida e desfasada da realidade para poder ser classificada como “psicótica”, isto é, a pessoa tem grande dificuldade em reconhecer a realidade. Não é raro as pessoas deprimidas desenvolverem delírios e alucinações.
As principais manifestações da depressão maior incluem:
  • Estado de espírito nitidamente triste ou irritadiço
  • Perda de interesse nas atividades, que deixam de ser gratificantes ou estimulantes para o doente
  • Redução ou aumento significativo de peso ou apetite
  • Redução ou aumento significativo dos períodos de sono
  • Estado de espírito lentificado ou agitado
  • Fadiga e falta de energia
  • Sentimentos de culpa e baixa auto-estima
  • Problemas de concentração
  • Indecisão
  • Pensamentos relacionados com a morte, ideias suicidas ou tentativas de suicídio
Diagnóstico:
Um médico de família ou um profissional de saúde mental podem normalmente diagnosticar uma situação de depressão através de uma pequena entrevista ao doente, interrogando-o acerca dos seus sintomas e historial clínico. Por definição, uma depressão major é diagnosticada no caso de uma pessoa apresentar muitos dos sintomas anteriormente referidos durante um período de pelo menos duas semanas.
Devido à forma como a sociedade encara esta perturbação, muitos doentes com depressão não procuram tratamento. As pessoas podem sentir que a depressão é culpa sua e preocupar-se com o que os outros dirão ou pensarão sobre elas. Para mais, a própria depressão poderá tornar a pessoa incapaz de avaliar o seu estado de saúde e de reconhecer o problema.
Não existem testes ou outros meios auxiliares de diagnóstico específicos para detectar uma situação de depressão. No entanto, é importante ser observado por um médico para se assegurar de que a perturbação não está a ser causada por um problema físico ou a ser induzida por medicação.
Evolução clínica:
Os episódios de depressão grave prolongam-se em média por quatro a oito meses, mas na verdade podem durar qualquer período de tempo. Os sintomas também podem variar de intensidade ao longo do episódio. Se a depressão não for tratada adequadamente, pode tornar-se crónica (de longa duração). De qualquer forma, o tratamento contribui para minorar quer a gravidade, quer a duração do estado depressivo.
Prevenção:
Não há forma de evitar a depressão, mas o diagnóstico precoce pode reduzir de modo muito significativo os sintomas e ajudar a evitar recaídas ou a ocorrência de novos episódios.
Tratamento:
Um tratamento combinado de psicoterapia e medicação é de grande utilidade. Os antidepressivos mais comummente receitados são conhecidos por inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs ou, em inglês, SSRIs) e incluem a fluoxetina, a sertralina, a fluvoxamina, a paroxetina e o escitalopram. Embora tenham os seus contras, estes medicamentos são fáceis de tomar e relativamente seguros quando comparados com gerações anteriores de antidepressivos.
No que concerne a efeitos secundários, sabe-se que esta medicação pode causar problemas ao nível do apetite e desempenho sexual, por vezes náuseas, e um aumento dos níveis de ansiedade na fase inicial do tratamento.
Entre os antidepressivos mais recentes e igualmente eficazes encontram-se a bupropiona, a venlafaxina, a mirtazapina e a duloxetina. Alguns antidepressivos mais antigos, como os tricíclicos e os inibidores da MAO (monoaminooxidase) ainda são usados, são tão eficazes como os mais recentes e podem apresentar bons resultados nos casos em que o doente não responde favoravelmente a outros tratamentos.
Por norma, são necessárias duas a seis semanas para que os benefícios de um qualquer antidepressivo se tornem evidentes. Mesmo após a medicação mais correta para um determinado doente ter sido encontrada, podem decorrer alguns meses até se conseguir acertar a dosagem e a medicação atingir o seu potencial máximo.
Nos últimos anos, os investigadores têm vindo a revelar preocupação pelo fato de haver alguns indícios que parecem apontar para o fato de haver um risco acrescido de suicídio entre as pessoas que estão a tomar antidepressivos. Embora o foco de pesquisa neste tópico se mantenha, os resultados da investigação permanecem até ao momento de difícil interpretação. Muitos especialistas creem que os antidepressivos reduzem o número de suicídios em termos globais. Contudo, uma pequena percentagem de pessoas que tomam este gênero de medicamentos provavelmente acaba por ter uma reação inusitada ao fármaco e passa a sentir-se muito pior do que antes.
Apesar de o debate continuar em aberto a este respeito, em geral os médicos concordam que é importante que o tratamento da depressão seja monitorizado de perto e alertam para a importância de o doente reportar imediatamente ao seu médico qualquer agravamento dos sintomas ou do seu estado de espírito.
Por vezes são prescritos dois antidepressivos diferentes em simultâneo ou junta-se ao antidepressivo um estabilizador de humor, como lítio ou ácido valpróico (valproato de sódio). Se existirem sintomas psicóticos, receita-se também medicação antipsicótica, a qual pode incluir o haloperidol, a risperidona, a quetiapina, a olanzapina, a ziprasidona e o aripiprazol.
Algumas técnicas psicoterapêuticas também já demonstraram a sua utilidade, dependendo o seu resultado das causas da depressão, da disponibilidade da família, da existência de apoio social de outra ordem e do estilo pessoal e preferências do doente. Uma técnica designada por terapia cognitivo-comportamental foi desenvolvida para ajudar as pessoas deprimidas a reconhecerem padrões de pensamento associados ao medo/pânico e ensinar técnicas para controlar os sintomas. As psicoterapias psicodinâmicas, orientadas para o desenvolvimento interior do doente (“insight-oriented”) ou interpessoal podem também ajudar os deprimidos a resolver conflitos em relacionamentos importantes ou a explorar a história por trás dos sintomas.
Se sofre de depressão, beneficiará muito se aprender o máximo sobre a doença. Pode ainda recorrer a estruturas de apoio que estejam disponíveis na sua comunidade.
Em certas situações, um tratamento denominado electroconvulsivoterapia (ECT) pode salvar vidas. Embora controverso, este tratamento tem-se revelado muito eficiente. Na ECT, um impulso elétrico é administrado no cérebro do doente através do couro cabeludo, causando uma convulsão. O paciente está sob o efeito de anestesia e é cuidadosamente monitorizado. Antes de iniciar o procedimento, é-lhe ainda administrada medicação para impedir qualquer manifestação externa das convulsões, o que evita a ocorrência de complicações. Nota-se uma melhoria gradual num período de dias ou semanas após o tratamento. A ECT é o tratamento mais rápido e eficaz para as formas mais graves de depressão e, para a maioria das pessoas, não envolve um grau de risco maior do que outras terapêuticas com antidepressivos.
Quando contactar um médico:
A depressão é uma doença dolorosa e potencialmente perigosa, pelo que deve contatar um profissional de saúde se suspeitar que está, ou que algum dos seus entes queridos está, deprimido.
Prognóstico:
O tratamento para a depressão tem vindo a tornar-se progressivamente mais sofisticado e eficaz, pelo que neste momento, se o doente for devidamente tratado e acompanhado, o prognóstico é excelente. A intensidade dos sintomas e a frequência dos episódios são significativamente reduzidas e muitas pessoas recuperam completamente.
Não obstante, ainda que o tratamento seja um êxito, é importante que se mantenha em contacto com o seu médico ou terapeuta, uma vez que é frequente haver necessidade de acompanhamento e de um tratamento de manutenção para evitar que a depressão volte a manifestar-se.

sábado, 16 de maio de 2015

Distúrbios causados pelo uso excessivo da internet

Não há dados oficiais sobre o número de pessoas afetadas pela doença no Brasil, mas estima-se que pelo menos 10% dos usuários sejam viciados. O percentual é baseado em pesquisas internacionais que referenciam o país como líder no ranking mundial quando o assunto é o tempo consumido na internet.
Além da perda de noção do tempo, dependentes de internet tipicamente podem desenvolver olheiras profundas e ganho ou perda de peso relevante, resultado da frequente troca de refeições por sanduíches - que prescidem de talheres e liberam uma das mãos para digitar no teclado - e pela falta de atividade física. Gradativamente, a vida social vai se extinguindo. Os laços familiares, o relacionamento com os amigos e o sexo oposto, a preocupação com o trabalho e a saúde passam a ser negligenciados. Aos poucos, o dependente de internet perde os elos com o mundo real para viver em um universo completamente virtual.
Os jovens, entre 16 e 24 anos, são os mais afetados, seguidos por adultos e idosos que estejam enfrentando momentos de solidão e frustração. Pessoas muito tímidas, com transtorno de ansiedade, ou déficit de atenção e hiperatividade também estão entre os principais dependentes.Um problema na vida real pode desencadear a fuga para o mundo virtual.
Assim como a dependência tóxica, a dependência de internet não tem cura. O usuário e a família devem procurar grupos de apoio para aprenderem a lidar com a rede. O objetivo do tratamento não é suprimir a internet, mas fazer com que a pessoa aprenda a se controlar e a estabelecer uma rotina que contempla o acesso à rede, o trabalho, a saúde e as relações pessoais de uma forma saudável e equilibrada. 
“O excesso de tecnologia esgota o cérebro da mesma forma como acontece com a depressão e como acontece com o uso de anfetaminas, por exemplo, que dão muita empolgação para depois deprimir”,
Veja abaixo seis doenças causadas por excesso de internet:
  • Estresse
Se você só precisa de um computador para efetuar seu trabalho, é provável que já tenha levado seus deveres profissionais para seu lar, para o shopping, tenha mandado e-mail no carro, estivesse trabalhando enquanto está em uma atividade de lazer. Como todos precisam de um tempo para descansar, não só o corpo como a mente, este comportamento pode levar ao estresse, refletindo em suas relações familiares, segundo pesquisas do Departamento de Psicologia, da Universidade de Bowling Green, nos Estados Unidos.
  • Depressão
Estudos dizem que jovens que vivem conectados podem desenvolver a depressão mais comumente, além de outros problemas mentais que podem estar relacionados aos distúrbios do sono, garante pesquisa da Universidade de Gotemburgo, na Suécia.
  • Problemas na visão
Se a sua visão está um pouco embaçada, ou dores de cabeça têm ocorrido frequentemente, além de dores no ombro, talvez você precise sair mais do mundo virtual e ir para o real. O excesso de luz ao qual se expõe o internauta quando passa horas na frente de uma tela o leva a ter dificuldades da visão.  
  • Confusão mental
Estudos, também realizados por médicos da Academia Americana de Pediatria, mostram que o modo como as pessoas lidam com as tecnologias, principalmente a internet, está alterando o cérebro humano. Ainda em estágio inicial, uma pesquisa amostra que quem se expõe muito à rede pode ter dificuldade para se concentrar perder o foco, até mesmo durante uma conversa corriqueira, menor capacidade de compreensão e redução da capacidade da memória.
  • Dependência
Tem gente que não pode ficar desconectada por 24 horas. Os pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências descobriram que estudantes universitários começaram a sentir desejos, ansiedade e depressão quando eles tiveram que desligar-se totalmente da rede. Outro estudo levou imagens do cérebro de pessoas diagnosticadas como viciados em internet e descobriram que se pareciam com os cérebros dos jogadores, alcoólatras e viciados em drogas.
Como identificar os sintomas do vício da internet:
1.     Tempo gasto na internet nunca é suficiente.
2.     Passa-se mais horas na internet do que imaginado.
3.     Desenvolve-se excessiva preocupação com a rede.
4.     Há necessidade de aumentar o tempo gasto on line para obter o mesmo nível de satisfação.
5.     Ficar desconectado é sinônimo de esforço.
6.     O humor é alterado quando o uso da internet  é restringido.
7.     Trabalho, relações pessoais e saúde  ficam prejudicados.
8.     Quando indagados quanto ao tempo on-line, os usuários mentem.

domingo, 10 de maio de 2015

Dia das Mães – Na contramão do Carinho



Neste dia das mães, postarei algo que tem levado muitas pessoas aos consultórios de psicologia.
Para muitos é um dia festivo, dia de almoço com a mama, de presentes e alegria.
Mas para uma boa parcela da população, principalmente feminina, é uma época triste, de dor e depressão, não por uma perda física do ente materno, mas pelos conflitos existentes no relacionamento com a mãe, algo que sufoca desde as primeiras propagandas na mídia referindo-se a este dia, uma dor de rejeição e culpa.
Culpa, porque a filha passa sua existência sem entender os motivos que levam a sua mãe de trata-la tão mal, a rivalizar, se tornando uma verdadeira inimiga. A filha passa a se sentir inferior e má, pois segundo a sociedade, mães sempre vão amar seus filhos e se isso não acontece, claro que a culpa não seria da santa mãe, que é comparada nessa época,  a própria genitora do Criador, e sim da "malvada"  filha. E aí suscitam os mais diversos  sentimentos de inferioridade e culpa, como já foi dito.
Principalmente filhas, que não entendem o relacionamento desastroso com suas mães, de rejeição, rivalidade, perseguição, violências físicas e psicológicas, enfim, de abusos injustificáveis. De "portas batidas na cara" sem motivo aparente, onde as filhas saem a procura de justificativas para uma relação que chega a beira do animalesco, de tão cruéis que se tornam. Muitas delas, neste dia, só querem chorar e sumir.
Para um filho, os pais devem amá-lo sobre todas as coisas e dedicar todos os momentos de sua vida a ele. Não é preciso muita coisa para que a gente se sinta rejeitado. A tendência natural é pensar que ninguém gosta da gente, ou pelo menos não tanto quanto se precisa. E disso se precisa muito.
 A rejeição maternal, quando causada pela depressão pós-parto, cientificamente chamada de psicose puerperal, se apresenta em níveis diferentes de intensidade e tempo, podendo variar de um simples desânimo ou ansiedade, excesso de sono ou insônia, falta de desejo sexual, medos, sensação de estar falhando como mãe, desconcentração, e sentimentos ambivalentes em relação ao bebê, como se não conseguisse gostar dele. Em alguns casos, a mãe pode agredi-lo ou ainda atentar contra a sua vida.
Sejam quais forem as razões que levaram os pais a proteger mais um filho do que o outro, o fato pode culminar num distúrbio emocional tanto para um quanto para o outro lado: um se sente fora do contexto, pela falta de amor, fica revoltado; o outro sofre um desajuste, pelo excesso, podendo leva-lo a uma dependência emocional, a uma personalidade mais fragilizada, de tal forma que não consegue dar continuidade às metas estabelecidas, sente-se incapaz, é instável no emprego etc. 
Além disso, o filho mais protegido, às vezes, pode se sentir responsável por trazer mérito aos pais, por faze-los felizes, e quando ele não consegue cumprir exatamente aquilo que os pais esperavam dele, acaba se sentindo mal, infeliz e impotente. pessoa deve procurar ajuda emocional e psicológica. O psicoterapeuta ajuda a entender se houve mesmo rejeição ou se o que de fato aconteceu foi uma maior sintonia por um de seus irmãos devido a, por exemplo, esta mãe sentir que as fragilidades deste filho “preferido” são parecidas com suas próprias fragilidades.Quando a psicoterapia identificar que de fato houve uma rejeição, que esta pessoa foi preterida por sua própria mãe, iniciará um processo de autoconhecimento a ponto de se identificar os pontos fortes que não puderam ser reforçados pela própria mãe.
 A pessoa rejeitada se sente absolutamente sem qualquer atrativo físico ou intelectual. Esta percepção distorcida de si mesmo só será refeita com um processo sério de auto conscientização.O psicólogo acompanhará um verdadeiro processo de reconstrução interna, de percepção do seu verdadeiro “eu”.
 Os grandes tabus na psicologia familiar geram desconforto até mesmo em pensamento. Entre os temas abomináveis - e evitados a todo custo nas discussões em casa - estão a preferência do pai, ou da mãe, por um dos filhos, a rejeição pelo outro, a decepção com a imagem do bebê após o nascimento - quando se esperava uma criança mais bonita ou com determinadas características - e o desejo oculto dos pais de se livrar das crianças para curtir um momento a sós.
 No terreno das hostilidades veladas, nada é mais difícil para uma mãe do que admitir uma competição com a filha, que geralmente toma a iniciativa para lavar a roupa suja em diários, sessões de terapia ou na literatura.
A primeira dificuldade na superação da rivalidade começa pela falta do reconhecimento da existência da disputa, principalmente por parte da mãe. 
Afinal, o senso comum confere à filha o direito ao erro e à imaturidade, mas cobra da mãe um comportamento impecável, de amor incondicional. As mães também tem suas limitações, e nem sempre estão preparadas para ter um filho e amá-lo, são humanas e nem todas são dóceis e afetuosas, como prega a mídia quando sugerem presentes para as mesmas  no intuito de aumentar suas vendas, existem às que rivalizam, detestam, se arrependem de ter colocado o filho no mundo. As mães que sustentaram as suas vidas na beleza, por exemplo, ao chegar à terceira idade, têm dificuldade em tolerar a juventude das filhas.
Os casos mais dramáticos de rivalidade podem ter suas explicações nas gerações anteriores. A experiência que a mãe teve com a sua própria mãe é decisiva para compreender a competição.
Para uma maternidade equilibrada, deve haver maturidade emocional da genitora, que precisa entrar em sintonia com os seus processos mentais e assumir as suas limitações. E em todas tem consciência de que precisam de ajuda profissional para este tipo de problema, e culpam suas filhas por se comportarem, com elas , da forma que se comportam.

Tipos de Maternidades Rivais:
-  Mãe Esposa: A sua razão de viver é o companheiro.Sente-se enciumada e excluída da relação entre a filha e o pai e a responsabiliza pelo afastamento do marido. As divorciadas e viúvas transferem a amargura para as crianças.
- Mãe Superior: Não consegue lidar com a inversão na hierarquia de poder, quando é superada pela filha adulta e com independência financeira.Para manter a autoridade, bloqueia e entrava o desenvolvimento psíquico da filha.
- Mãe Frustrada: Projeta seus desejos insatisfeitos na filha e a encarrega de adquirir suas aptidões reais ou fantasiadas.Obcecada pelas próprias falhas, enfatiza as  insuficiências da filha com críticas incessantes.
- Mãe Narcisista: Não aceita o envelhecimento e a  degradação da própria imagem  e percebe na filha mais jovem uma ameaça à sua identidade. Teme que a própria idade seja revelada pela idade da filha e recorre às plásticas.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Como fugir da fofoca



A fofoca é uma compulsão humana. A fofoca existe há milhares de anos e um pesquisador americano, Frank McAndrew, diz que ela é um instinto, e que foi essencial para a evolução da nossa espécie. Porém, não são poucas as pessoas prejudicadas diariamente por esse hábito.
Primeiro: Se você fica falando sobre a vida alheia, abre espaço para que os outros falem da sua.
Segundo: As pessoas que estão ouvindo os comentários, sejam eles do bem ou do mal, vão pensar: um dia ela também pode falar de mim. E assim sendo, o fofoqueiro vai acumulando antipatias.
Terceiro: Quando for falar algo sobre alguém, ou ainda, quando estiver em uma roda e alguém começar a contar a ‘última’ para o pessoal, pare para lembrar-se das vezes que falaram sobre sua vida.
Ter alguém com quem conversar é muito importante, mas preste atenção e conheça muito bem a pessoa que escolheu para abrir suas questões. Crie relacionamentos confiáveis e duradouros. Do contrário, quem é que vai ter coragem para falar de você? É muito importante ser sempre uma pessoa transparente, sincera e amiga.
 Assim como é impossível erradicar a fofoca sobre você, também não dá pra viver sem se interessar pelo que acontece com os outros. Mas antes de passar à frente um assunto, verifique a realidade dos fatos, cheque varias fontes de informação e sua confiabilidade. Se ela for do bem, e verdadeira, não há tanto problema em comentar. O problema está nas más intenções e nas invenções. Verifique também se este assunto lhe diz respeito, se você perde ou ganha com ele. Este tempo para pensar muitas vezes faz você perder a vontade de falar.
O que falam sobre você pode ser um feedback sobre suas atitudes e comportamento. Geralmente as fofocas são negativas, mesmo assim, analise o que está sendo dito. Você pode estar provocando este tipo de comportamento nas pessoas.
O maior sofrimento para os fofoqueiros é sentir que seu veneno não enfraqueceu a vítima. Não alimente o que está sendo dito, seja se defendendo com justificativas ou partindo para agressão verbal ou física.
 Quem faz fofocas tem um poder de sedução sobre pessoas ainda mais inseguras que elas, portanto, se você der bola estará incentivando a fofoca. A polêmica faz com que o assunto fique mais interessante.
Ser fofoqueiro(a) também pode ser como uma doença. Quanto mais fizer, mais fará, e pior é que será vista e classificada como tal
E, finalmente, não esqueçamos que a palavra constrói ou destrói facilmente e, em segundos, estabelece, por vezes, resultados gravíssimos para séculos.